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segunda-feira, 30 setembro, 2024
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Alerta vermelho: Bolsa brasileira afunda com retirada bilionária recorde em janeiro

Por Alexandre G.

Janeiro já não favorecia a bolsa, e agora a situação se agravou ainda mais. A B3 testemunhou uma retirada bilionária, algo não visto desde 2021, quando o mundo ainda enfrentava a pandemia de Covid-19.

De acordo com os dados mais recentes, divulgados em 19 de janeiro, investidores estrangeiros retiraram R$ 3,4 bilhões do mercado acionário brasileiro de uma vez. Assim, o saldo acumulado em janeiro é negativo em R$ 4,4 bilhões.

Essa retirada marcou o fim de uma sequência de onze meses consecutivos com entradas multimilionárias, um sinal de alerta que já se fazia presente.

Os dias seguintes mostraram certa resiliência com alguns aportes modestos (comparados aos de dezembro e novembro), mas a alegria foi efêmera. Mais retiradas contribuíram para a queda do Ibovespa no mês.

Curiosamente, no mesmo dia em que os estrangeiros retiraram bilhões da bolsa, na sexta-feira, o índice teve um desempenho positivo, registrando uma alta de 0,25%.

Por que essa retirada expressiva ocorreu? Janeiro tem sido um mês tumultuado, com os mercados ainda preocupados com os cortes de juros nos Estados Unidos. O tom mais conservador e firme dos dirigentes do Federal Reserve nas últimas semanas indicou que a redução dos juros pode levar mais tempo do que os investidores antecipavam.

Consequentemente, as taxas dos títulos públicos americanos, especialmente as Treasuries de vencimentos mais longos, têm reagido à tensão do mercado, elevando os números e impactando as bolsas dos mercados emergentes, como a do Brasil.

Rafael Passos, analista da Ajax Asset, aponta que a saída dos estrangeiros do mercado acionário, está relacionada ao ambiente macroeconômico e descarta fatores internos como responsáveis por essa debandada.

“O que observamos em janeiro foi uma mudança significativa na precificação dos juros nos Estados Unidos, com as possibilidades de cortes ao longo deste ano. O mercado estava muito inclinado a esperar cortes em março, e agora isso não é mais consensual”, explica Passos.

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