A coluna do Cláudio Humberto do Diário do Poder cruzou as assinaturas com a declaração de bens dos 194 deputados federais que apoiam a redução da jornada de trabalho (mas não dos salários). Das quase duas centenas desses políticos, apenas 60 têm alguma participação societária em empresas que penam para gerar empregos e pagar salários. As declarações de bens da Bancada da Lacração no Congresso estão disponíveis no Tribunal Superior Eleitoral. Alguns têm só participações como pequenos acionistas da Petrobras.
A própria autora da PEC, Erika Hilton (Psol-SP), nunca teve empresa que empregue pessoas, mas tem quase R$20 mil aplicados em renda fixa.
Tem até comunista se deliciando no mercado. A sem-empresa Alice Portugal (PCdoB-BA), outra “rentista”, tem renda fixa do Banco do Brasil.
Dono da Havan, que gera mais de 20 mil empregos diretos, Luciano Hang resume: “o brasileiro não quer trabalhar menos, quer viver melhor”.
Empresas de serviços prevêem aumento de até 15% nos preços. A Federação das Indústrias de MG estima perda em R$38 bilhões.