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sexta-feira, 22 novembro, 2024
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Yeltsin Jacques retorna ao topo com recorde mundial nos 1.500m T11 nas Paralimpíadas de Paris

Por Marina B.

Yeltsin Jacques reconquistou o primeiro lugar no pódio dos 1.500m T11 durante as Paralimpíadas de Paris. Nesta terça-feira (3), o atleta sul-mato-grossense de 32 anos quebrou seu próprio recorde mundial da prova e garantiu mais uma medalha para sua coleção. Ele foi acompanhado por Júlio Cesar Agripino dos Santos, que conquistou o bronze na mesma classe para pessoas com deficiência visual total. Nos 5.000m T11, Júlio foi campeão com um recorde mundial, enquanto Yeltsin ficou com o bronze.

“Na semifinal, já mostramos a que viemos ao liderar. Foi uma prova fantástica, repetindo o feito de Tóquio. Ganhar novamente com recorde mundial… Estou muito feliz com todo o trabalho realizado. Tive uma lesão, me recuperei, e depois sofri com uma virose que atrapalhou nos 5.000m, mas as expectativas eram as melhores possíveis. Nos 1.500m, acreditava que poderia estar um pouco mais forte. Estou muito feliz por ver o Júlio aqui e conquistar essa medalha também. O Brasil está se tornando uma potência nas provas de meio fundo e fundo, e isso vai inspirar as próximas gerações”, afirmou Yeltsin.

Yeltsin Jacques: “Ganhar de novo com recorde mundial é uma grande alegria”

Assim como em Tóquio, Yeltsin dominou a prova e estabeleceu um novo recorde mundial. Em Tóquio, ele completou os 1.500m em 3m57s60; em Paris, correu para 3m55s82 com o guia Guilherme Santos. O etíope Yitayal Silesh Yigzaw ficou com a prata (4m03s21), e Júlio Cesar, com o guia Micael dos Santos, conquistou o bronze (4m04s03).

Na final desta terça-feira, Júlio liderou o pelotão na primeira volta. O equatoriano Jimmy Caicedo tentou escapar na segunda volta, mas foi Yeltsin quem disparou na terceira volta, não abrindo mão da liderança e garantindo o recorde mundial. Júlio ficou em segundo lugar até a metade da última volta, sendo ultrapassado pelo etíope, mas segurou o ataque do japonês Kenya Karasawa na reta final para assegurar o bronze.

Júlio Agripino: “Foi uma prova dura, mas dei o meu melhor e estou feliz com a dobradinha”

Yeltsin nasceu com baixa visão e iniciou no atletismo para ajudar um amigo totalmente cego. Competiu nas Paralimpíadas Escolares de 2007 e, em Tóquio, foi campeão tanto nos 1.500m quanto nos 5.000m T11. Com as duas medalhas de Paris, chegou a quatro pódios em Paralimpíadas, além de cinco medalhas em Mundiais, incluindo dois ouros.

Júlio Cesar Agripino foi diagnosticado com ceratocone aos sete anos e migrou para a equipe paralímpica por meio dos treinadores do Centro Olímpico. Na lista de suas conquistas estão o ouro nos 1.500m e a prata nos 5.000m no Mundial de Kobe 2024, além do ouro nos 1.500m e bronze nos 5.000m nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023.

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