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domingo, 6 outubro, 2024
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Vitória em Manaus: Flamengo escapa por um triz e revela crise oculta

Por Marina B.

Manaus se tingiu de vermelho e preto nos dias que precederam o confronto entre Amazonas e Flamengo, mas o que transcorreu na Arena da Amazônia não só decepcionou os presentes. Torcedores rubro-negros de todo o país ficaram com uma pulga atrás da orelha após a magra vitória por 1 a 0 sobre o time estadual. “A equipe vinha de duas atuações tão convincentes e agora dá esse passo atrás?”, questionou um torcedor reflexivo.

Essa situação serve como alerta e busca remover o elenco de uma possível zona de conforto que, na realidade, não estava tão confortável assim. O Flamengo havia acabado de emergir de uma crise de resultados, mas voltou a preocupar devido à dificuldade em desvendar defesas bem organizadas e emaranhadas.

A falta de inspiração do cérebro da equipe reflete no desempenho coletivo. Quando o núcleo criativo do time não está em sintonia, as chances de encontrar soluções para superar sistemas defensivos robustos, como o do Amazonas de Adílson Batista, são consideravelmente reduzidas. O principal craque do Flamengo hoje, Arrascaeta, teve mais uma atuação aquém do esperado.

Ele entregou um belo cruzamento para Ayrton Lucas no primeiro tempo – Marcão fez uma defesa espetacular – e outro para Pedro, que tentou uma bicicleta na segunda etapa. E isso foi tudo. Além disso, sua movimentação foi abaixo do esperado e ele não arriscou muitos passes difíceis.

Embora o desempenho coletivo do Flamengo esteja relacionado diretamente ao de Arrascaeta, seria injusto atribuir apenas a ele o primeiro tempo sonolento da equipe.

Gerson ficou muito preso à direita e quem se aproximou para dialogar com ele, especialmente Arrascaeta e Varela, não ofereceu muita ajuda. Não houve grandes combinações dali.

O lado defensivo direito, aliás, foi muito explorado por Matheus Serafim, que conduziu contra-ataques e representou um perigo constante por aquele setor.

Allan cometeu várias faltas desnecessárias – seis das 11 do Flamengo no primeiro tempo -, Cebolinha não conseguiu driblar para superar a defesa… Enfim, muitos jogadores tiveram atuações discretas. Isso significa que houve erros técnicos e decisões questionáveis.

De saída, Fabrício Bruno teve uma partida tranquila. Na primeira etapa, podemos elogiar a serenidade apresentada por ele, que está prestes a ter sua primeira experiência internacional. Apesar das negociações com o West Ham, da Inglaterra, terem avançado, o zagueiro não sentiu a pressão.

Ele acertou 100% dos 55 passes tentados, cometeu uma falta e, aos 35 minutos, fez um corte decisivo diante de Matheus Serafim, quando a defesa estava totalmente exposta. Isso demonstra confiança e satisfação com os holofotes. Léo Ortiz também esteve no mesmo nível, formando uma dupla “sem erros” com Fabrício.

As substituições mudaram o ritmo da equipe, e o artilheiro do ano resolveu. O Flamengo teve 60% de posse de bola e um placar de 8 a 3 em finalizações no intervalo. Apesar da suposta superioridade indicada pelos números, o desânimo era evidente na torcida rubro-negra, maioria dos 22 mil presentes.

Na segunda etapa, o Flamengo iniciou com mais ímpeto, e a bola sempre passava pelos pés de um jogador que não precisa de elogios. De la Cruz mais uma vez se destacou, tentando acelerar o jogo. Ao ver que a equipe não conseguia furar a defesa do Amazonas, arriscou de longe e acertou o travessão.

O problema foi que De la Cruz se machucou. Ele não era o jogador a ser substituído por Tite. O substituto, Luiz Araújo, incendiou o jogo.

Luiz entrou com muita energia, criando oportunidades. Forçou Marcão a duas grandes defesas e deixou Viña na cara do gol com um passe de calcanhar. Ele mostrou mais uma vez sua importância e capacidade de mudar o jogo.

E Igor Jesus? Sua tentativa de longe resultou em um gol, desviando a bola propositalmente com o joelho esquerdo de Pedro, que marcou seu 20º gol em 2024.

Pedro também teve uma boa atuação, buscando o jogo fora da área e forçando jogadas complexas. Ele caminha para sua temporada mais artilheira, com uma média de 0,76 gols por partida.

Na próxima semana, o Flamengo enfrenta o Millonarios em outra decisão. Mais do que apenas garantir a classificação, o time precisa esquecer a atuação anterior e voltar a mirar no topo, tanto em pontos quanto em desempenho.

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