O nadador chinês Pan Zhanle fez história nos 100 metros livre em Paris ao conquistar a medalha de ouro com um tempo impressionante de 46s40, quebrando seu próprio recorde mundial. Ele superou o segundo colocado, Kyle Chalmers, da Austrália, por uma margem de 1s08. A diferença significativa deixou o técnico de Chalmers, Brett Hawke, revoltado e intrigado.
- “Estou irritado porque ganhar os 100 metros livres com uma distância tão grande não é algo que se veja. Não é humanamente possível vencer a prova com essa margem,” desabafou Hawke nas redes sociais.
Hawke, que já treinou o nadador brasileiro César Cielo, questionou como Pan Zhanle conseguiu uma vantagem tão expressiva. Em suas postagens, o treinador chegou a chamar o nadador chinês de “anormal” e expressou sua desconfiança em relação ao desempenho.
- “Adolescente anormal, Pan Zhanle nadando pela manhã,” escreveu Hawke, reforçando sua frustração e ceticismo.
O técnico australiano, que se considera um especialista na área e conhece profundamente os maiores nadadores da história, incluindo Antony Irwin, Alexander Popov e Gary Hall Jr, continua a expressar sua incredulidade.
- “Eu vou ser honesto. Estou irritado por várias razões. Eu estudei o esporte e a velocidade por 30 anos. Eu conheço essas pessoas e sei que isso não é real. Não me venda isso. Não é humanamente possível!”
Pan Zhanle, um fenômeno de 19 anos, não estava entre os nadadores chineses que testaram positivo para doping antes das Olimpíadas de Tóquio. A China justificou os casos de doping com a alegação de alimentos contaminados, e os atletas foram autorizados a competir.
Enquanto isso, Kyle Chalmers, que nadou a final em 47s48 e conquistou a prata, não levantou suspeitas sobre o triunfo do adversário.
- “Eu faço tudo o que posso para vencer e confio que todos farão o mesmo, mantendo a integridade do esporte. Eu acredito que ele merece a medalha de ouro,” afirmou Chalmers ao portal The Sun.