O MMA feminino, atualmente consolidado e de grande audiência, deve seu sucesso a Ronda Rousey, segundo a ex-lutadora de 37 anos. Em uma entrevista a Chris Van Vliet, Rousey destacou seu papel fundamental na promoção da modalidade feminina e sua contribuição para a inclusão da categoria no UFC.
Rousey recordou que, na época, Dana White era reticente em relação às lutas femininas no UFC, e sua ascensão no Strikeforce foi crucial para mudar esse cenário. Ela também criticou Cris Cyborg, sua antiga rival, com quem nunca se enfrentou.
“As pessoas esquecem como a situação era precária e como eu consegui destacar o MMA feminino de última hora. O Strikeforce foi a única organização que realmente promoveu as mulheres, principalmente por causa de Gina Carano, que teve o apoio de seu pai para sancionar lutas femininas”, afirmou Rousey. Ela prosseguiu com críticas severas a Cyborg, afirmando que a divisão feminina estava em declínio e que a aquisição do Strikeforce pelo UFC foi um golpe fatal para as lutadoras.
Gina Carano, uma das pioneiras do MMA feminino, foi uma figura importante na primeira década dos anos 2000, mas se aposentou após uma derrota para Cris Cyborg em 2009, antes de seguir carreira no cinema.
Rousey detalhou seu impacto no Strikeforce, lembrando que foi contratada para substituir Carano e manter o MMA feminino em destaque. “Eu sabia que o tempo estava se esgotando para garantir que Dana White não pudesse passar um dia sem ver meu nome. E assim foi”, disse Rousey.
Resposta de Cris Cyborg
Cris Cyborg respondeu às críticas de Ronda Rousey nas redes sociais, destacando o número reduzido de lutas de Rousey no UFC, com apenas oito disputas na carreira. Cyborg sugeriu que Rousey evitou o confronto entre elas e ironizou a ideia de que Rousey salvou o MMA feminino.
“Agora pergunte a ela por que nossa luta nunca aconteceu”, escreveu Cyborg no ‘X’ (antigo Twitter), com um emoji de risada. Ela também ressaltou sua longa carreira e o fato de não ter desistido após derrotas, desafiando a narrativa de que Rousey foi a salvadora do esporte. “Acabei de ver a mãe e a irmã dela nas lutas de boxe em Los Angeles e elas foram nada menos que educadas e gentis pessoalmente”, completou a brasileira.