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domingo, 22 setembro, 2024
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Pincéis no palco olímpico: Peter Spens revoluciona o vôlei de praia em Paris com pintura ao lado da Torre Eiffel

Por Marina B.

A grandiosidade da Torre Eiffel atrai todos os olhares na arena que sedia o vôlei de praia dos Jogos Olímpicos de Paris. Da arquibancada, os espectadores podem admirar um dos monumentos mais icônicos do mundo enquanto acompanham as disputas nas areias. No meio do público que se distrai com celulares e fotógrafos registrando os momentos, um senhor se destaca com ferramentas pouco convencionais para o esporte: pincéis, tela e cavalete.

Peter Spens, natural de Londres, é o pintor responsável por capturar o cenário olímpico em uma tela. Aos 63 anos, ele foi convidado pela FIVB (Federação Internacional de Vôlei) para criar uma pintura que será exibida na sede da entidade, em Lausanne, na Suíça.

— É emocionante. A cada quatro anos, me torno um pintor de vôlei de praia — afirmou Spens em entrevista.

A presença de um pintor é uma novidade para muitos, mas não é a primeira vez que Peter Spens pinta um cenário olímpico. Seu envolvimento com os Jogos começou em Londres 2012, quando a FIVB o convidou para retratar a arena do vôlei de praia no Horse Guards Parade. O sucesso levou a nova encomenda para a arena de Copacabana nos Jogos Rio 2016.

Uma Tarefa Complexa Peter começou a pintar seu quadro no último dia 26 e tenta passar o máximo de tempo possível na arena para completar sua obra.

— É um desafio, pois estou pintando uma cena da manhã e só tenho mais três manhãs para finalizá-la. Depois disso, os jogos serão à tarde, e eu vou focar na Torre Eiffel, já que não estarei pintando ao mesmo tempo que os atletas e o público. É como jogar um xadrez por duas semanas — comparou o artista.

Peter Spens adota o estilo impressionista, que surgiu na França no final do século XIX e é caracterizado por contornos imprecisos e paisagens ao ar livre. Os impressionistas usavam pinceladas rápidas para capturar as cores do momento sem perder a essência da cena.

— Vim aqui com uma missão e quero cumpri-la — disse Spens.

Arte e Olimpíadas Embora a arte não esteja diretamente relacionada aos Jogos Olímpicos hoje, competições artísticas fizeram parte do evento de 1912 a 1948, abrangendo arquitetura, literatura, música, pintura e escultura. Pierre de Coubertin, responsável pelo renascimento dos Jogos, até participou dessas competições e ganhou uma medalha de ouro com seu poema “Ode ao Esporte”, assinado sob um pseudônimo.

Em 1924, em Paris, as mesmas categorias artísticas estavam em disputa. O Grand Palais, atualmente palco da esgrima, recebeu essas competições artísticas há um século.

As competições artísticas nos Jogos Olímpicos cessaram em Londres 1948, após a Segunda Guerra Mundial. No entanto, Peter Spens continua a simbolizar a fusão entre esporte e arte, mantendo viva essa conexão histórica.

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