Um pênalti perdido transformou-se em um gol marcado com lágrimas. Uma vaga encaminhada virou uma provável eliminação precoce. A noite, que poderia ser a última de Modric em Eurocopas, foi repleta de drama para o veterano. Ele deixou o campo com os olhos marejados, misturando tristeza e inconformismo.
“Não sei o que dizer, o futebol às vezes é cruel”, lamentou Modric, camisa 10 da Croácia, à TV HRT. O jogo contra a Itália em Leipzig foi intenso para o astro, líder de uma geração que alcançou o vice-campeonato mundial em 2018 e o terceiro lugar na Copa de 2022.
Modric, aos 38 anos, foi o foco de atenção durante todo o confronto. Apesar de não ter realizado um de seus brilhantes recitais, como em outros tempos, ele foi eleito o melhor em campo. A torcida croata, majoritária no estádio, elevou seu nome com força desde o início.
Como capitão, Modric liderou não apenas com a bola nos pés, mas também com gestos e palavras. Ele expressou frustração com erros da equipe e mostrou-se impotente quando a Itália pressionava. Após perder um pênalti, ele se redimiu marcando um gol, tornando-se o jogador mais velho a marcar na história da Eurocopa.
Mas a alegria foi efêmera. A Itália empatou nos acréscimos, complicando as chances da Croácia avançar. Modric, emocionado, aplaudiu os torcedores e trocou camisa com adversários, possivelmente encerrando um capítulo glorioso com a seleção croata.
“Vamos ver. Agora não é hora para esse tema”, ponderou Modric ao fim do jogo, deixando em aberto seu futuro nas competições europeias.