A segunda-feira marcou mais um capítulo nas negociações para o estádio do Flamengo se tornar realidade. Pela manhã, dirigentes do clube e representantes da Caixa Econômica Federal se reuniram para discutir o valor a ser pago pelo terreno do Gasômetro, que está sob posse de um fundo de investimento gerenciado pela Caixa. À noite, durante um jantar com a presença do presidente Rodolfo Landim, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, mencionou a possibilidade de desapropriar a área como uma alternativa para resolver o impasse.
O encontro ocorreu em um restaurante na Barra da Tijuca, onde Landim e Paes participaram de um encontro político do Flamengo liderado por Delair Dumbrosck, ex-presidente do clube. Em seu discurso, que durou mais de 20 minutos, o prefeito destacou a viabilidade da desapropriação caso a Caixa não aceite vender o terreno. Ele ressaltou a importância do interesse público e do pagamento de uma indenização justa e em dinheiro, conforme previsto na Constituição.
Desde que o Flamengo selecionou o terreno do Gasômetro como local ideal para a construção do estádio próprio, as negociações com a Caixa começaram. A prefeitura do Rio sempre apoiou o projeto do clube e se colocou como parceira. No entanto, há um impasse entre o Flamengo e a Caixa, com o clube oferecendo até R$ 250 milhões pelo terreno e o banco esperando receber cerca de R$ 400 milhões. Na reunião desta segunda-feira, foi estabelecido um prazo de três dias para o banco apresentar oficialmente o valor desejado pela área.
O projeto do estádio próprio do Flamengo apresenta características distintas, com uma arquitetura que se assemelha mais ao Santiago Bernabéu, do Real Madrid, do que ao Maracanã. A proposta envolve a construção de um estádio para 80 mil pessoas em um espaço vertical, permitindo ainda a criação de uma grande praça na frente. Essa praça poderia abrigar restaurantes e pontos de encontro, além de telões para transmitir os jogos para quem não puder comparecer pessoalmente.