O Flamengo está prestes a dar um passo crucial para concretizar o sonho de ter seu próprio estádio. Duas opções estão sendo avaliadas para adquirir a área na zona portuária do Rio de Janeiro: negociar com a Caixa Econômica Federal ou buscar a desapropriação pela Prefeitura. O clube busca ampliar a área adquirida para incluir a construção de um estacionamento.
A reunião recente colocou em discussão o compromisso da Caixa de apresentar o valor final nesta sexta-feira. O Flamengo aguarda um preço justo para iniciar as negociações, que devem se estender pelos próximos meses, embora o presidente Rodolfo Landim e outros dirigentes estejam atualmente em viagem internacional. As conversas estão previstas para serem retomadas após o retorno ao Brasil.
Um laudo recente da FIPE avaliou o terreno em R$ 240,5 milhões, mas a Caixa considera que seu valor é superior, apontando para a valorização na região da zona portuária, estimando-o em cerca de R$ 400 milhões.
O apoio da Prefeitura do Rio ao projeto rubro-negro é um trunfo nas negociações com a Caixa, que afirmou que irá desapropriar a área se não houver redução nos valores solicitados ao clube.
Para acelerar as negociações, o deputado Pedro Paulo, aliado do Flamengo e da Prefeitura nessa negociação, tem defendido que a Caixa apresente o valor real do terreno, deixando as discussões sobre os Cepacs para outro momento.
O Flamengo está disposto a pagar até R$ 250 milhões pelo terreno, um valor próximo ao sugerido pela FIPE. O clube prevê um investimento entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2 bilhões para a construção do estádio, incluindo o valor da compra do terreno. A implementação da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) é defendida para erguer a arena sem endividamento, seguindo o exemplo do Bayern de Munique.
O projeto prevê um estádio vertical com capacidade para 80 mil pessoas, semelhante ao Santiago Bernabéu do Real Madrid, e com setores populares, inspirado no antigo Maracanã.