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sábado, 23 novembro, 2024
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Espanhóis condenados por racismo contra Vini Jr no primeiro julgamento do gênero na Espanha

Por Marina B.

Três espanhóis receberam uma sentença de oito meses de prisão nesta segunda-feira (10) devido a comentários racistas dirigidos ao jogador brasileiro Vinicius Jr.

Este é o primeiro veredicto na Espanha em um caso de racismo no futebol, marcando também o desfecho inicial da série de incidentes racistas contra o jogador brasileiro no país europeu no ano passado, onde ele representa o Real Madrid. Os três indivíduos também foram proibidos de entrar em qualquer estádio de futebol na Espanha pelos próximos dois anos.

Os três foram identificados entre os torcedores do Valencia que proferiram insultos racistas contra Vinicius Jr., chamando-o de “macaco” durante uma partida contra o Real Madrid em maio do ano passado. Um deles foi identificado pelo próprio Vinicius Jr. após o término do jogo, enquanto os outros dois foram localizados pela polícia através das câmeras instaladas no estádio.

“A LaLiga conseguiu o primeiro veredicto condenatório na Espanha por insultos racistas no futebol”, afirmou a LaLiga em um comunicado, destacando seu papel na acusação do processo.

Até o momento desta atualização, os advogados dos condenados não haviam declarado se irão recorrer da sentença.

No ano passado, incidentes de racismo contra Vinicius Jr. na Espanha geraram grande comoção, especialmente após a partida entre Real Madrid e Valencia em maio. Na ocasião, após ser alvo de insultos por parte dos torcedores, Vinicius Jr. protestou imediatamente com o árbitro, o que resultou na interrupção da partida.

A situação se intensificou quando um jogador do Valencia se envolveu em uma briga com Vinicius Jr., que, ao se desvencilhar, acabou atingindo outro jogador adversário no rosto e foi expulso.

Ao final da partida, o jogador brasileiro denunciou diversos casos de racismo que havia sofrido nos meses anteriores, mas foi fortemente criticado pelo presidente da LaLiga, Javier Tebas. No entanto, diante da repercussão global do incidente e do subsequente debate sobre o racismo no futebol, Tebas recuou e pediu desculpas.

A polícia espanhola também agiu, identificando e detendo os torcedores responsáveis pelos insultos racistas no estádio Mestalla, assim como aqueles que, meses antes, haviam pendurado um boneco negro com a camisa de Vinicius Jr. em um viaduto em Madri.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou o episódio e exigiu mais medidas anti-racismo no futebol, enquanto o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, expressou solidariedade com Vinicius Jr.

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