Daniel Alves deixou o Centro Penitenciário Brians 2 na manhã desta segunda-feira, após pagar uma fiança de 1 milhão de euros (cerca de R$ 5,4 milhões). Sua soltura aconteceu cinco dias depois de a Justiça espanhola aceitar o pedido de liberdade provisória feito por sua defesa. Condenado a quatro anos e meio de prisão por estupro, o lateral passou 14 meses em prisão preventiva e foi liberado por volta das 12h25 (horário de Brasília) desta segunda-feira, acompanhado por sua advogada, Inés Guardiola, e seu amigo Bruno Brasil.
Funcionários do sistema prisional da Catalunha estavam protestando no momento da saída de Alves, mas essas manifestações não estão ligadas ao caso do brasileiro. Nas últimas duas semanas, o sistema carcerário da região enfrenta uma crise após o assassinato de uma cozinheira por um detento.
Para garantir que Alves não fuja, a justiça determinou que todos os seus passaportes sejam entregues. Além disso, ele deve manter uma distância de 1 km e não ter contato com a vítima, não pode sair da Espanha e precisa se apresentar semanalmente ao tribunal. O pedido de liberdade provisória de Alves foi aceito pela maioria dos votos no Tribunal de Justiça de Barcelona, após cinco negativas anteriores.
Alves levou cinco dias para reunir o valor da fiança. Sua defesa buscou um empréstimo bancário para sua liberação, mas alguns bancos se recusaram devido a questões de reputação. Inicialmente, havia rumores de que o pai de Neymar seria responsável pelo pagamento, mas ele negou seu envolvimento. Familiares e amigos de Alves se mobilizaram para juntar o dinheiro necessário.
O jogador enfrenta dificuldades financeiras devido a uma disputa judicial com sua ex-esposa no Brasil, que impede o acesso a parte de seu patrimônio. Além disso, teve seus ativos bloqueados na Espanha desde a acusação de estupro.
A expectativa agora é que os recursos apresentados no Tribunal Superior de Justiça da Catalunha sejam analisados nos próximos meses, enquanto todas as partes envolvidas recorreram da sentença. O caso ainda pode ser levado ao Tribunal Supremo da Espanha, mas a defesa de Alves está confiante de que os argumentos apresentados serão considerados.
