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segunda-feira, 25 novembro, 2024
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Copa América nos EUA ameaça estilo de jogo da Seleção com dimensões reduzidas

Por Marina B.

Um fator crucial que tem capturado a atenção da seleção brasileira, embora passe despercebido para muitos torcedores, é a peculiaridade dos campos onde será disputada a Copa América nos Estados Unidos, que se inicia em apenas 17 dias. Esses campos serão menores do que o padrão habitual das competições da Fifa.

Com dimensões de 100 metros de comprimento por 64 metros de largura, os campos do torneio continental representam uma área reduzida de 740m² em comparação com o padrão internacional de 105m por 68m, comumente visto na Copa do Mundo e em outros torneios globais. A Fifa permite que jogos oficiais internacionais sejam realizados em campos com dimensões variando de 100m a 110m de comprimento e de 64m a 75m de largura.

Este ajuste nas dimensões é devido ao fato de 11 dos 14 estádios que sediarão partidas da Copa América serem usualmente utilizados para jogos da NFL, a liga de futebol americano dos Estados Unidos, e alguns deles não possuírem espaço suficiente para expandir suas dimensões. Nos campos de futebol americano, as dimensões são ainda menores, com apenas 48,8 metros de largura.

Em resposta a essa adaptação necessária, a Seleção Brasileira já está ajustando seus treinamentos e solicitou que os amistosos contra México e Estados Unidos, marcados para os dias 8 e 12 de junho, sejam disputados em campos com as mesmas dimensões dos que serão usados na Copa América.

Rodrigo Caetano, coordenador das seleções masculinas de futebol da CBF, explica: “Nós vamos perder dimensões nessa competição, isso requer uma adaptação rápida. É claro que hoje já se faz treinamento somente em campo reduzido, mas em momentos em que ‘abrir’ um pouco o campo vamos ter que usar a dimensão que nós vamos disputar a Copa América.”

Essa mudança afeta todos os times, mas o Brasil considera-se mais prejudicado devido ao seu estilo de jogo, que valoriza a posse de bola e o drible. O campo menor beneficia equipes com uma abordagem mais defensiva. O lateral-esquerdo Wendell observa: “Acho que a gente vai ter que dosar um pouquinho a força nos lançamentos mais longos, vai estar mais apertado quando receber a bola, vai ter menos espaço. A gente tem que se adaptar.”

Quanto aos gramados, não há preocupação, pois mesmo os estádios com campos sintéticos receberão uma cobertura de grama natural.

O Brasil está no Grupo D da Copa América e fará sua estreia no dia 24, contra a Costa Rica, no SoFi Stadium, em Los Angeles. O grupo também inclui Colômbia e Paraguai.

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