Depois de enfrentar duas derrotas e um empate, o Flamengo finalmente quebrou a sequência negativa e voltou a vencer na noite de quarta-feira, no Maracanã, em sua estreia na Copa do Brasil. O adversário foi o Amazonas, um time organizado, mas modesto, que conquistou o título da Série C do Brasileiro e subiu para a Segunda Divisão este ano. No entanto, a vitória magra por 1 a 0 não foi suficiente para gerar grande comemoração entre os torcedores.
Começando pelo placar, o Flamengo não conseguiu aproveitar o fator casa para construir uma vantagem maior, que poderia ter sido útil para gerenciar o jogo de volta e poupar jogadores, conforme sugerido pela estratégia do clube. Isso ficou evidente na segunda partida da final do Carioca contra o Nova Iguaçu, quando o time não poupou peças mesmo após abrir uma vantagem de 3 a 0 no duelo de ida.
Quanto à atuação, apesar do placar apertado, o Flamengo teve amplo domínio, criando várias oportunidades de gol e finalizando muitas vezes. A vitória foi justa, pois o Amazonas não conseguiu oferecer uma ameaça significativa de empate.
Em termos emocionais, o jogo representava uma oportunidade para o Flamengo recuperar a confiança após uma semana difícil e antes de uma sequência desafiadora com duas partidas consecutivas fora de casa, pela Libertadores e um clássico contra o Vasco. Uma vitória mais expressiva teria elevado o moral da equipe.
Em relação ao apoio da torcida, esperava-se que o retorno de Gabigol, após obter um efeito suspensivo para jogar, animasse os torcedores, mas até mesmo isso foi ofuscado. O ambiente festivo se transformou em vaias no intervalo do jogo e em protestos contra o time e o técnico nos minutos finais.
Após o Campeonato Carioca, o Flamengo não conseguiu manter o mesmo desempenho. Embora tenha feito excelentes primeiros tempos contra Palestino e São Paulo, ambos no Maracanã, o time não conseguiu manter o mesmo nível de jogo. O meio-campo, que era considerado um dos melhores do Brasil, tem enfrentado problemas físicos, afetando o rendimento da equipe.
O jogo contra o Amazonas destacou a dependência excessiva dos zagueiros na construção das jogadas, evidenciando a falta de criatividade e a dificuldade do time em penetrar na defesa adversária. A substituição de De la Cruz no segundo tempo comprometeu ainda mais a criatividade da equipe.
O Flamengo precisa se reinventar e encontrar soluções para superar seus desafios, especialmente diante de desfalques importantes. O próximo jogo, contra o Bragantino, será mais uma oportunidade para a equipe mostrar sua capacidade de se adaptar e reagir.