Na segunda-feira, a World Athletics (Federação Internacional de Atletismo) anunciou a inclusão do Brasil, Equador, Peru e Portugal na lista de países com alto risco de doping. Atendendo às recomendações da Unidade de Integridade do Atletismo (AIU), um órgão independente, a World Athletics determinou que esses quatro países intensifiquem os testes antidoping fora de competição antes dos Jogos Olímpicos de Paris.
Os atletas brasileiros agora enfrentam exigências mais rigorosas para serem elegíveis para as Olimpíadas. Mesmo que alcancem os índices classificatórios, só serão considerados elegíveis se passarem por pelo menos três testes antidoping surpresa fora de competição nos dez meses anteriores a 4 de julho de 2024. Para os competidores de provas de meio fundo e fundo, além dos exames de urina e sangue, é necessário realizar pelo menos um teste de passaporte biológico e um de EPO no período. A AIU requer um intervalo de pelo menos três semanas entre os três testes, sendo o primeiro deles obrigatório até 19 de maio.
Atualmente, o Brasil conta com 12 atletas com índice para os Jogos Olímpicos de Paris, todos sujeitos aos novos requisitos de controle antidoping. A decisão de classificar o Brasil como país de alto risco de doping no atletismo foi motivada pelo baixo número de testes realizados fora de competição antes do Mundial de Budapeste, em 2023. Os países alertados anteriormente, incluindo Brasil, Equador, Peru e Portugal, não cumpriram as exigências de testagem suficiente em suas delegações no ano seguinte ao Mundial de Eugene, em 2022.
A AIU reforçou a importância de garantir condições equitativas para os atletas e instou todas as federações nacionais a trabalharem em colaboração com suas organizações nacionais antidoping para garantir testagem adequada antes de Paris 2024. O comunicado da AIU enfatizou que não hesitará em encaminhar qualquer outra federação ao Conselho da World Athletics se não forem observados os requisitos de testagem suficiente.
