Neste clima quente, nada como uma água de coco bem fresquinha, concorda? No entanto, antes de se refrescar e dar um gole ao bebê, é crucial que os pais e responsáveis prestem atenção às orientações sobre o consumo nos primeiros meses de vida.
Esclarecendo as principais dúvidas sobre o assunto, temos Paulo Telles, pediatra certificado pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
Quando é apropriado oferecer água de coco ao bebê?
O especialista esclarece que a água de coco segue a mesma diretriz da introdução de sucos naturais na dieta infantil. Ou seja, não deve ser incluída nos primeiros meses de vida. Após completar 1 ano, a criança pode consumir até 120 ml por dia – porém, sem adição de conservantes ou açúcar. A partir dos 4 anos, esse consumo pode variar de 120 ml a 180 ml diários.
Além disso, segundo Paulo, a forma ideal é oferecer a bebida diretamente do coco, contudo, seguindo todas as medidas de conservação e higiene.
Para os pais preocupados com alergias, o pediatra tranquiliza ao afirmar que o risco é mínimo. Entretanto, qualquer sinal de reação alérgica à bebida – como inchaço, coceira, manchas na pele e erupções – deve ser observado.
Não é um substituto para água comum
Embora a água de coco possa ser uma opção saborosa para hidratar, além de ser rica em vitamina C, potássio e cálcio, ela não deve ser integrada à rotina do bebê como a água convencional.
Telles explica que o sabor adocicado da bebida de coco pode interferir na aceitação da água. É fundamental que o bebê desenvolva o hábito de consumir água para se manter hidratado. Portanto, é melhor adiar a introdução o máximo possível.
“Os pais devem entender que o ideal é sempre hidratar os bebês com água, evitando outros líquidos contendo frutose – como água de coco e suco – para a hidratação. Isso pode prejudicar o apetite, elevar a taxa de açúcar no sangue e influenciar o paladar da criança”, conclui o pediatra.
