As finanças do governo federal apresentaram um déficit primário de R$ 60,98 bilhões em maio deste ano, conforme dados divulgados pela Secretaria do Tesouro Nacional nesta quarta-feira (26). O déficit primário ocorre quando a arrecadação de impostos e outras receitas não é suficiente para cobrir os gastos do governo, excluindo os juros da dívida pública. Quando as receitas superam as despesas, ocorre o superávit primário.
Em maio, a receita líquida foi de R$ 164,49 bilhões, enquanto a despesa total atingiu R$ 225,47 bilhões. O déficit registrado em maio é o maior para esse mês desde 2020, quando alcançou R$ 165,14 bilhões (valor ajustado pela inflação). Este também é o segundo pior resultado para o mês de maio desde o início da série histórica do Tesouro Nacional, em 1997.
Apesar de uma arrecadação expressiva de R$ 203 bilhões no último mês, o governo Lula registrou um déficit histórico.
Segundo o Tesouro Nacional, no acumulado dos cinco primeiros meses deste ano, as contas do governo registraram um superávit primário de R$ 29,99 bilhões.
O Planalto afirma que busca zerar o déficit das contas públicas neste ano, conforme a meta estabelecida na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). O Ministério da Fazenda chegou a comprometer-se com o Congresso Nacional a atingir o ‘déficit zero’. No entanto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva descartou essa possibilidade, afirmando que é necessário continuar com os cronogramas de obras e manter certas estruturas e privilégios no governo.