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quarta-feira, 9 outubro, 2024
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PF aponta ministro de Lula em suspeita de escândalo de corrupção e crimes organizados

Por Marina B.

A Polícia Federal concluiu suas investigações sobre desvio de verbas federais da Codevasf e indiciou o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, por supostos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

O relatório resultante da investigação foi entregue ao gabinete do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal, nesta terça-feira, 11. Agora, espera-se que o ministro envie os documentos para a Procuradoria-Geral da República, que decidirá se apresenta uma denúncia ou solicita novas diligências.

Esse indiciamento surge no contexto da Operação Benesse, uma fase ostensiva da investigação iniciada em setembro de 2023. Naquela ocasião, a PF concentrou-se na irmã de Juscelino, a prefeita afastada de Vitorino Freire (MA), Luanna Rezende. Embora a corporação tenha solicitado buscas contra Juscelino Filho ao ministro Luis Roberto Barroso, presidente do STF, essa solicitação foi negada.

Em janeiro do ano passado, o Estadão revelou que Juscelino Filho direcionou R$ 5 milhões do orçamento secreto para a prefeitura de Vitorino Freire, visando asfaltar uma estrada que passa em frente à sua fazenda, no município maranhense. Esses recursos, a pedido de Juscelino, foram destinados à prefeitura administrada por sua irmã, durante seu mandato como deputado federal pelo União Brasil.

A Codevasf, influenciada pelo Centrão, foi responsável pela distribuição das verbas do orçamento secreto. Pelo menos quatro empresas relacionadas a amigos, ex-assessores e uma cunhada do ministro lucraram mais de R$ 36 milhões em contratos com a prefeitura de Vitorino Freire.

Em maio, uma auditoria interna da Codevasf revelou irregularidades em obras realizadas em Vitorino Freire com os recursos indicados por Juscelino Filho. Essa conclusão foi alcançada após a análise de dois contratos, totalizando R$ 8,988 milhões, que incluem a estrada ligada ao ministro e outras ruas da cidade maranhense. A auditoria também identificou pagamentos indevidos à empresa contratada para as obras.

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