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quinta-feira, 28 novembro, 2024
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Lula ignora alertas: Sem cortes de gastos e visão econômica ultrapassada

Por Marina B.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva continua cometendo erros na gestão econômica. Tanto ele quanto seus assessores próximos elaboraram um discurso inadequado para o cenário atual dos mercados de câmbio e juros.

A fala desta quarta-feira, 12, durante um evento no Rio de Janeiro, teve como consequência mais uma alta do dólar, que chegou a R$ 5,42, aproximando-se do pior valor registrado em seu governo, R$ 5,48, no início de 2023.

O que disse Lula? Afirmou que o governo está “arrumando a casa, colocando as contas públicas em ordem para assegurar o equilíbrio fiscal”. Essa frase, que poderia ter sido bem recebida, foi seguida por outra que trouxe uma conotação diferente: “O aumento da arrecadação e a queda da taxa de juros permitirão a redução do déficit sem comprometer a capacidade de investimento público.”

Em um momento de máxima desconfiança em relação à política econômica do governo, e com Haddad anunciando a intenção de enviar ao presidente uma lista de cortes de despesas, como antecipado pelo Estadão, Lula ignorou completamente a necessidade de reduzir gastos para garantir o equilíbrio fiscal.

O mercado, que está altamente especulativo e reage a qualquer notícia, interpretou a fala como um sinal de leniência com a questão fiscal. E com razão, pois o momento pedia que Lula desse sinais opostos.

Outro erro foi falar sobre cortes de juros. O Banco Central, que hoje possui independência para perseguir a meta de inflação, teve sua autonomia questionada por Lula, sugerindo que os diretores indicados por ele poderiam seguir sua orientação política.

Isso gerou pressão sobre a curva de juros, já que o presidente fará mais três indicações no final do ano e terá sete dos nove integrantes do Copom sob sua influência.

Lula e seus principais assessores ainda não compreenderam a gravidade da situação econômica atual. Com a alta do dólar, talvez percebam a necessidade de apoiar a agenda de Haddad. Caso contrário, poderão levar o governo ao mesmo caminho trilhado pela ex-presidente Dilma Rousseff.

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