Na terça-feira (30), seis defensores pró-vida foram considerados culpados depois do governo Biden os acusar de participar de um protesto pacífico, em uma clínica de aborto no Tennessee em 2021. Eles agora enfrentam a possibilidade de serem condenados a uma até 11 anos de prisão.
Os ativistas pró-vida foram acusados pelo Departamento de Justiça de violar a Lei FACE e conspiração pelos direitos civis em relação a um protesto ocorrido em um corredor externo, de um centro de aborto em Mount Juliet, em 5 de março de 2021. Naquele dia, um grupo de manifestantes se reuniu no segundo andar de um edifício de escritórios, no corredor em frente à Clínica de Saúde Carafem. O grupo envolveu-se em orações, cânticos e apelos às mulheres que se dirigiam à clínica para que reconsiderassem a decisão de realizar um aborto.
Os réus são: Chet Gallagher, do Tennessee, Coleman Boyd, do Mississippi, Heather Idoni, do Michigan, Cal Zastrow, do Michigan, Paul Vaughn, do Tennessee, e Dennis Green, da Virgínia.
Todos os seis foram considerados culpados das acusações de conspiração e violação da Lei FACE. A sentença está programada para julho.
A acusação de conspiração pode resultar em uma pena de até 11 anos de prisão, três anos de liberdade supervisionada e multas de até US$ 350.000. Enquanto a acusação da Lei FACE pode levar a um ano de prisão e uma multa de US$ 10.000.
O veredicto foi emitido no quinto dia do julgamento, realizado no Tribunal Fred D. Thompson, em Nashville. A juíza Aleta Trauger, nomeada para o tribunal em 1998 pelo então presidente Bill Clinton, supervisionou o caso.
Uma testemunha-chave do governo foi Caroline Davis, uma mulher presa com o grupo em Carafem. Em seu depoimento, Davis afirmou ter mudado de ideia sobre participar do protesto, mencionando que seu “lado racional” estava ausente no momento de sua participação. Ela descreveu que, ao longo do tempo, reconsiderou sua decisão e que ser indiciada pelo governo federal a “aterrorizou”.
Os vídeos da manifestação mostraram o grupo entoando cânticos como “Santo, Santo, Santo” e “Avante, Soldados Cristãos”, além de registros de membros do grupo interagindo com a polícia. Em um vídeo, um participante aconselhava outro a falar “apaixonadamente” com um homem e sua namorada que apareceram em Carafem, destacando que “o bebê de alguém é um presente de Deus”.