O governo brasileiro tem recorrido ao endividamento para cobrir suas despesas, resultando em um aumento significativo na dívida pública nos últimos 12 meses, que alcançou R$ 8,522 trilhões, um aumento de 13%.
Esse crescimento da dívida tem levantado preocupações no Banco Central sobre o impacto na inflação, dado que indica um descompasso entre as despesas governamentais em ascensão e a arrecadação.
A dívida tem aumentado a um ritmo impressionante, com um acréscimo de quase R$ 1 trilhão nos últimos 12 meses. Isso equivale a mais de R$ 2 bilhões por dia, R$ 109 milhões por hora ou R$ 30 mil a cada segundo.
Enquanto alguns defendem que o endividamento para investimentos em infraestrutura é benéfico, como estradas e energia, a maior parte da dívida brasileira é destinada a despesas correntes, como salários e previdência.
Essa situação coloca em risco a sustentabilidade fiscal do país, conforme destacado pelo Banco Central, que enfatiza a importância de uma política fiscal sólida para controlar a inflação e reduzir o risco nos mercados financeiros.
Por outro lado, o aumento da dívida implica em maiores pagamentos de juros, beneficiando os investidores que aplicam em títulos públicos, como no Tesouro Direto, o que inclui desde pequenos investidores até grandes instituições financeiras, tanto nacionais quanto internacionais. Em 2023, o governo desembolsou R$ 816,2 bilhões em juros para esses credores da dívida pública.
Esses aspectos revelam os dois lados do impacto da dívida pública, envolvendo questões econômicas complexas e distribuição de recursos no mercado financeiro.