Nos últimos dias, o ex-presidente Jair Bolsonaro utilizou suas redes sociais para fazer um apelo contundente sobre o que ele chama de “graves retrocessos à liberdade” no Brasil. Em uma postagem publicada no X (antigo Twitter), Bolsonaro criticou fortemente o que considera ser uma prática de censura prévia, violando a Constituição e direitos fundamentais dos cidadãos.
O cerne da sua crítica se dá pelo banimento do X por questionar decisões judiciais que não apenas determinavam a remoção de postagens, mas a exclusão permanente de perfis. Segundo ele, essa ação representaria uma forma de censura prévia, vedada pela Constituição, e um atentado aos direitos de livre expressão. Para Bolsonaro, o bloqueio da plataforma, que é uma das maiores redes sociais do país, não impacta apenas a empresa, mas priva milhões de brasileiros do acesso à informação e à possibilidade de se manifestarem.
O ex-presidente também citou o caso da Folha de S.Paulo, que foi impedida de publicar uma entrevista com Filipe Martins, que, segundo Bolsonaro, foi preso injustamente por mais de seis meses sem julgamento. Ele criticou o mesmo ministro que teria censurado o jornal e ainda transformado uma discussão banal no aeroporto em um “atentado à democracia”, envolvendo uma família que, segundo o ex-presidente, foi injustamente investigada.
Outro ponto mencionado foi a punição da Starlink, empresa de internet via satélite, envolvida em uma disputa judicial da qual, de acordo com Bolsonaro, não era parte. Para ele, isso demonstra a insegurança jurídica do Brasil, prejudicando a confiança dos investidores e minando o potencial do país como um polo de inovação.
Bolsonaro ainda se referiu às revelações de Glenn Greenwald, publicadas na Folha de S.Paulo, que indicariam que alguns desses inquéritos ignoraram o devido processo legal, com alvos escolhidos com base em suas opiniões políticas. O ex-presidente fez um alerta sobre a ameaça à liberdade de expressão e à imprensa, que, em sua visão, estariam sendo normalizadas.
Como parte de sua mensagem, ele convocou todos os brasileiros que valorizam a liberdade e a democracia para uma manifestação no dia 7 de setembro, na Avenida Paulista, enfatizando que a defesa da liberdade é uma responsabilidade coletiva, acima de preferências políticas ou eleitorais.