Após o êxito da direita nas eleições do parlamento da União Europeia, o presidente Emmanuel Macron decidiu antecipar as eleições parlamentares na França, um movimento interpretado como uma tentativa de se recuperar politicamente. Enquanto isso, nos Estados Unidos, o presidente Joe Biden desafiou Donald Trump para um debate, em um contexto de crescente polarização pré-eleitoral.
A decisão de antecipar eleições ou propor debates é típica de quem se sente confiante na vitória. Macron e Biden arriscam-se a parecerem desesperados ou mal-assessorados, à medida que enfrentam desafios crescentes tanto internamente quanto internacionalmente.
A ascensão da direita globalmente, evidenciada pela vitória de Marine Le Pen na França e pelo retorno de Trump nos EUA, reflete um movimento mais amplo de mudança política. Mesmo na Alemanha, movimentos de direita estão ganhando força.
Na França, o Reagrupamento Nacional de Le Pen obteve 34% dos votos no primeiro turno, enquanto a coalizão de Macron ficou em terceiro lugar com pouco mais de 20%. O alto índice de comparecimento eleitoral, 67%, sinaliza um desejo claro por mudança entre os eleitores franceses, preparando o terreno para o segundo turno.
No Brasil, enquanto o dólar e o euro atingem novos recordes, Lula critica o Banco Central e ajuda a afundar a economia. A direita se fortalece na Europa e nos EUA, enquanto Lula enfrenta desafios significativos, requerendo uma abordagem equilibrada e realista para tentar sobreviver à avalanche da direita no mundo.
Este momento desafiador coloca em evidência a necessidade de uma estratégia clara e eficaz por parte de Lula, que não se limite a críticas superficiais, algo que ele não fez em um ano e meio de mandato. A direita brasileira, incluindo Bolsonaro, espera se beneficiar de qualquer fragilidade política demonstrada pela esquerda globalmente e que deve ter reflexos por aqui.