O ChatGPT, uma das inteligências artificiais mais destacadas atualmente, está provocando uma revolução em diversas áreas que anteriormente eram exclusivamente humanas.
Isso tem gerado debates intensos sobre a possível substituição de pessoas em determinadas profissões, um tópico amplamente discutido após a revelação da famosa autora japonesa Rie Kudan. Segundo o The Japan Times, ela admitiu que um de seus romances mais renomados foi escrito com a assistência dessa tecnologia.
Essa revelação provocou uma onda de discussões nas redes sociais, com diversos internautas expressando opiniões divergentes sobre o assunto.
Como foi possível utilizar o ChatGPT para escrever um livro completo?
Rie Kudan afirmou que foi ao compartilhar seus pensamentos com a IA que ela conseguiu explorar todo o seu potencial criativo e, finalmente, redigir a obra em questão. O livro em que ela recebeu ajuda do ChatGPT é intitulado ‘Tokyo-to Dojo-to’ (Torre da Compaixão de Tóquio, em tradução literal para o português).
O sucesso da produção foi tão significativo que, na última quarta-feira (17), a autora foi agraciada com o Prêmio Akutagawa, considerado por muitos como a principal premiação literária do país. Durante a cerimônia, os jurados elogiaram a obra de maneira surpreendente.
No entanto, a revelação surpreendente veio à tona. Rie admitiu ter usado esse recurso digital para produzir o livro, revelando que 5% das frases contidas nele foram geradas pela ferramenta. Curiosamente, um dos temas explorados no romance é justamente a inteligência artificial.
A admissão despertou a curiosidade de muitos, já que a autora não especificou quais partes do conteúdo foram geradas artificialmente. Nas redes sociais, diversos leitores começaram a apontar trechos que pareciam ter sido produzidos de maneira não natural.
Apesar de algumas críticas recebidas, a maioria parece acreditar que o uso de uma pequena porcentagem de conteúdo gerado pelo ChatGPT não invalida o mérito da escritora.