No centro das atenções no universo digital, surge o Kwai, uma plataforma que tem provocado grande agitação e é conhecida por ser um lar de vídeos curtos, assemelhando-se ao TikTok.
O destaque do aplicativo ganhou força devido às suspeitas que pairam sobre a sua possível utilização de meios irregulares para solidificar o Brasil como seu principal mercado, conquistando mais de 48 milhões de usuários.
A controvérsia em torno do Kwai chamou a atenção do Ministério Público (MP), que deu início a uma investigação para esclarecer as suspeitas que foram levantadas.
A investigação concentra-se principalmente em descobrir evidências relacionadas a possíveis clonagens de perfis, visando inflar artificialmente o número de usuários na rede social Kwai.
De maneira surpreendente, a investigação revelou que até perfis governamentais, como o do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), foram alvo dessa prática duvidosa.
Para além das questões relacionadas à manipulação de perfis, a plataforma está sendo examinada quanto à sua suposta contribuição para a disseminação de notícias falsas.
O inquérito aponta que o aplicativo de vídeos seria um veículo significativo na propagação de desinformação sobre as vacinas da Covid-19 e as eleições de 2022.
A Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão está examinando sete plataformas por desinformação, incluindo YouTube, TikTok, Instagram, Facebook/Meta, Twitter/X, WhatsApp e Telegram.
Curiosamente, o Kwai não fazia parte inicialmente da lista, mas foi mencionado em um inquérito que alega que a plataforma estaria encomendando conteúdos falsos em outras redes sociais.
Acredita-se que o Kwai desempenha um papel central na disseminação de notícias falsas, as fake news, influenciando outras redes sociais.
Diante dessas sérias suspeitas, é esperado que tanto as sete plataformas sociais quanto o Kwai sejam convocados para prestar depoimento ao MP em breve.
O desdobramento dessa investigação pode ter implicações significativas não apenas para o Kwai, mas para o cenário das redes sociais como um todo, destacando a importância de uma abordagem responsável e ética no ambiente digital.