Na vanguarda dos avanços tecnológicos, cientistas alemães anunciaram uma inovação significativa com potencial para transformar tanto a indústria automotiva quanto o meio ambiente.
Eles alcançaram o feito de produzir uma gasolina sintética que, de acordo com as pesquisas, promete ser amiga do meio ambiente e é classificada como um combustível neutro em termos de emissões de carbono.
Assim, a solução para o desafio global de reduzir o impacto ambiental das emissões de CO2 pode estar próxima.
Quanto ao funcionamento da gasolina sintética, o combustível é criado pela combinação de hidrogênio e dióxido de carbono (CO2) em altas temperaturas. Durante a combustão, ele libera na atmosfera a mesma quantidade de CO2 que foi utilizada em sua produção, tornando-se um combustível neutro em emissões.
Segundo o engenheiro químico Ronaldo Lopes, da Escola de Engenharia de Lorena da Universidade de São Paulo (USP), uma grande vantagem da gasolina sintética é que “pode ser utilizada em motores de combustão interna convencionais, sem a necessidade de alteração no design dos motores ou na infraestrutura de abastecimento”.
Dessa forma, esse tipo de combustível representa um passo interessante para uma transição mais suave para veículos elétricos.
Apesar do avanço, ainda existem desafios para a produção em massa, sendo o mais proeminente a redução do custo da extração de hidrogênio, essencial para a produção da gasolina sintética.
O processo, conhecido como eletrólise, consome uma grande quantidade de eletricidade, preferencialmente proveniente de fontes limpas, como energia solar, eólica ou hidrelétricas.
Embora o combustível sintético seja uma tecnologia já utilizada durante a Segunda Guerra Mundial, a extração e refino de petróleo ainda são mais fáceis e baratos. No entanto, os recentes avanços trazem uma nova vida para essa tecnologia promissora.
O hidrogênio também emerge como uma alternativa para as volumosas e caras baterias de veículos elétricos. Por meio das chamadas células de combustível, o hidrogênio gera eletricidade para impulsionar os automóveis, como visto no Toyota Mirai, que já incorpora essa tecnologia.
Com essas promessas, os avanços recentes na pesquisa de combustíveis sintéticos trazem esperança para a busca contínua por uma matriz energética mais limpa, sustentável e eficiente.
É um passo respeitável na direção do desenvolvimento de alternativas aos combustíveis fósseis, sendo fundamental para a mitigação das mudanças climáticas.
Com essa pesquisa, os alemães apresentam uma perspectiva interessante: talvez o futuro da mobilidade dependa da reinvenção do passado. A gasolina sintética, essencial durante a Segunda Guerra, pode em breve ser a chave para uma revolução tecnológica e ambiental, estabelecendo uma infraestrutura de combustível limpa e eficiente. Apenas o tempo dirá se essa será a direção que a indústria automobilística seguirá.
