Dólar Hoje Euro Hoje
segunda-feira, 30 setembro, 2024
Início » Descoberta revolucionária: Galáxia antiga desafia tudo o que conhecemos

Descoberta revolucionária: Galáxia antiga desafia tudo o que conhecemos

Por Alexandre G.

Um artigo divulgado na revista científica Nature hoje (14) revela a identificação de uma galáxia cuja população estelar supera a da Via Láctea, e que possui mais de 11 bilhões de anos. Utilizando dados do Telescópio Espacial James Webb (JWST) da NASA, essa descoberta transforma nossa compreensão atual sobre a origem das galáxias e amplia o entendimento sobre a natureza da matéria escura.

Karl Glazebrook, professor da Universidade de Tecnologia de Swinburne na Austrália e líder do estudo, relata que a busca por essa galáxia específica durou sete anos, envolvendo extensas observações com os dois maiores telescópios da Terra. No entanto, devido à sua coloração avermelhada e baixa luminosidade, não foi possível medi-la eficientemente. A confirmação de sua natureza só foi possível ao recorrer ao JWST fora da atmosfera terrestre.

A matéria escura, que não emite qualquer onda eletromagnética, impossibilita sua observação direta por meio de telescópios. Composta por cerca de 80% da massa total das galáxias, ela influencia o movimento de estrelas e outros corpos celestes que as habitam. Apesar das diversas teorias sobre sua natureza, compreender seu funcionamento é crucial para aprimorar os modelos astrofísicos existentes.

A equipe, por meio do JWST, examinou uma galáxia massiva do início do universo, com aproximadamente 11,5 bilhões de anos, que abriga uma população extremamente antiga de estrelas formadas 1,5 bilhão de anos antes. Essa observação desafia os conhecimentos atuais sobre a formação de galáxias, pois teoricamente não deveria haver concentrações suficientes de matéria escura para impulsionar esse processo nesse caso específico.

Contrariando a visão atual da astrofísica, que sugere uma diminuição acentuada no número de galáxias massivas nos estágios iniciais do cosmos, a descoberta revela a existência precoce dessas grandes galáxias notavelmente tranquilas, detectadas apenas um ou dois bilhões de anos após o Big Bang.

Themiya Nanayakkara, líder da análise de dados do JWST na pesquisa, afirma que estão indo além do que antes era possível para confirmar a existência dos mais antigos monstros quiescentes massivos nas profundezas do universo. A aparição precoce de galáxias nos estágios iniciais do universo desafia a crença de que houve tempo suficiente para a formação significativa de matéria escura e a subsequente origem dessas estruturas.

Os cientistas expressam a necessidade de mais observações para entender a frequência dessas galáxias e obter insights sobre sua verdadeira massa. Claudia Lagos, professora associada da Universidade da Austrália Ocidental, destaca que a descoberta levanta perguntas sobre os mecanismos misteriosos envolvidos na criação de galáxias massivas no universo profundo. Karl Glazebrook conclui afirmando que, embora o resultado seja marcante, trata-se apenas de um objeto, e a esperança é encontrar mais, o que poderia abalar nossas ideias sobre a formação de galáxias.

Você pode se Interessar

Deixe um Comentário

Sobre nós

Somos uma empresa de mídia. Prometemos contar a você o que há de novo nas partes importantes da vida moderna

@2024 – Todos os Direitos Reservados.