Os Estados Unidos apresentaram um projeto de resolução ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, solicitando um cessar-fogo imediato entre Israel e o Hamas, que estaria ligado à libertação de reféns, anunciou o secretário de Estado Antony Blinken na noite de quarta-feira.
Blinken afirmou ao meio de comunicação saudita Al Hadath que estão pressionando por um cessar-fogo imediato associado à libertação dos reféns, visando proporcionar alívio imediato para as pessoas que sofrem em Gaza, incluindo crianças, mulheres e homens.
Ele também compartilhou que uma resolução nesse sentido foi apresentada ao Conselho de Segurança das Nações Unidas e expressou a esperança de que os países apoiassem a iniciativa, destacando que isso enviaria uma mensagem forte e inequívoca.
Blinken está atualmente na Arábia Saudita em sua sexta visita ao Oriente Médio, desde que o grupo terrorista Hamas lançou um ataque surpresa contra Israel em 7 de outubro de 2023.
A notícia da proposta surge um mês após os Estados Unidos vetarem novamente um projeto de resolução do Conselho de Segurança da ONU que apelava a um cessar-fogo na guerra em curso há cinco meses.
Na ocasião, os EUA estavam promovendo sua própria proposta de cessar-fogo, que incluía um acordo de troca de reféns.
Blinken enfatizou o apoio dos EUA a Israel e seu direito à autodefesa, mas ressaltou a importância de priorizar a proteção dos civis em perigo e fornecer assistência humanitária.
A atual viagem de Blinken coincide com as negociações em andamento no Catar, onde mediadores se reuniram pelo terceiro dia consecutivo na quarta-feira, em um esforço renovado para garantir um cessar-fogo, embora com poucos sinais de um acordo iminente.
O plano discutido no Catar envolveria uma interrupção temporária dos combates, à medida que os reféns israelenses fossem trocados por prisioneiros palestinos e o fornecimento de ajuda humanitária fosse intensificado.
A guerra entre Israel e Hamas resultou em 1.160 mortes em Israel, principalmente civis. O Hamas também capturou 250 reféns, dos quais 130 ainda estão alegadamente em Gaza, incluindo 33 que são considerados mortos.
A contra-ofensiva de Israel resultou na morte de quase 32 mil residentes da Faixa de Gaza, a maioria mulheres e crianças, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.
