O desafio imponente marca o início da era Dorival Júnior na seleção brasileira. Enfrentar a Inglaterra em Wembley é uma das missões mais difíceis e honrosas para qualquer equipe, especialmente para o Brasil, que busca sua primeira vitória no histórico palco do futebol após sua modernização. Com mais de 100 anos de história, Wembley tem uma relação marcante com o futebol brasileiro. Por exemplo, Pelé nunca jogou no estádio, que sediou a final da Copa do Mundo de 1966. Em 12 partidas da seleção principal, foram sete empates, três vitórias inglesas e apenas duas brasileiras, ambas antes da reforma realizada entre 2003 e 2007.
Inaugurado em 1923, o antigo Wembley foi demolido para dar lugar a uma moderna arena multifuncional. Com capacidade para 90 mil torcedores, o novo estádio recebe eventos que vão desde shows até finais de Copas. A relação do estádio com o futebol brasileiro é tão forte que a Seleção foi convidada para a reinauguração em 2007, em um empate por 1 a 1. Desde então, enfrentou a Inglaterra mais duas vezes, sofrendo derrotas em ambas.
Antes da modernização, no entanto, as memórias de Wembley são mais positivas para o Brasil. Após algumas derrotas e empates, a Seleção conseguiu sua primeira vitória em 1981, com um gol de Zico. Quinze anos depois, a geração do tetra repetiu o feito, com Ronaldo Fenômeno como protagonista.
Além dos jogos masculinos, Wembley também foi palco de momentos decisivos para a seleção olímpica e feminina do Brasil. Em 2012, a equipe olímpica, liderada por Neymar, perdeu a medalha de ouro para o México em uma final traumática. Já em 2019, a seleção feminina foi derrotada pela Inglaterra na Finalíssima.
Apesar das dificuldades em Wembley, Londres tem sido uma cidade onde o Brasil teve mais sucesso neste século. Em outros estádios além do tradicional Wembley, o Brasil acumulou nove vitórias, um empate e apenas uma derrota desde 2006. O Emirates Stadium, do Arsenal, se tornou a casa da Seleção na Inglaterra, com nove aparições.