Nesta terça-feira, o governo do Reino Unido introduziu ao Parlamento o projeto da Lei de Governança do Futebol, visando estabelecer um órgão regulador independente para o esporte. Este órgão terá autoridade sobre a distribuição das receitas das competições e o poder de remover proprietários inadequados dos clubes da Premier League. A instituição reguladora investigará a origem dos fundos dos potenciais compradores de participações em clubes e poderá revogar direitos de gestão, forçar vendas de participações ou até mesmo banir indivíduos, caso reprovem no teste de idoneidade para proprietários e diretores.
Além disso, o órgão independente avaliará a saúde financeira dos clubes e sua capacidade de demonstrar práticas financeiras sólidas durante o processo de licenciamento. Também garantirá que os torcedores sejam consultados sobre questões relevantes para os clubes.
O primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, expressou sua preocupação com os abusos de proprietários inescrupulosos que escapam das consequências da má gestão financeira, que pode levar ao colapso dos clubes. O projeto de lei foi desenvolvido ao longo de dois anos de consultas e será debatido no Parlamento para definir mais detalhes.
A Premier League emitiu uma declaração na segunda-feira, afirmando que estudará a Lei de Governança do Futebol e colaborará com o governo e os parlamentares. A liga inglesa defende um regime financeiro proporcional para todas as divisões do futebol inglês e expressou preocupação com possíveis impactos na competitividade.
Caso a Lei de Governança do Futebol seja aprovada, o órgão independente terá autoridade para impor um acordo financeiro entre a Premier League e a English Football League (EFL), responsável pelas divisões inferiores do futebol, em relação ao financiamento da pirâmide esportiva.