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segunda-feira, 30 setembro, 2024
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Empresários brasileiros abandonam Lula e buscam alternativas desesperadamente

Por Marina B.

Não é segredo que o cenário empresarial brasileiro, conta com poucos adeptos do partido dos trabalhadores. Na última corrida presidencial, os titãs do setor econômico se dividiram entre os apoiadores de Bolsonaro e aqueles que optaram por Luiz Inácio Lula da Silva, buscando afastar as ameaças antidemocráticas de Jair Bolsonaro.

Essa parcela do empresariado depositou sua confiança na proposta de governo de coalizão, embarcando praticamente às cegas. Mesmo com as investigações em curso pela Polícia Federal contra o ex-presidente, ninguém lamenta a decisão.

No entanto, o clima nas conversas de círculos empresariais é de desapontamento com Lula e de busca por alternativas para 2026. A percepção comum é de que Lula perdeu sua principal habilidade política: a capacidade de ouvir, negociar e construir consensos.

Uma queixa frequente é o questionamento sobre por que Lula insiste em se posicionar contra Israel no conflito de Gaza e a favor de Vladimir Putin na disputa da Ucrânia, ou ainda, como expresso por um empresário, “em fazer carinho” em Nicolás Maduro. “Isso não nos traz benefícios. Não parece seriedade”, afirma-se.

Além disso, o recente intervencionismo nas empresas públicas e privadas, liderado diretamente por Lula, não ajuda. Para os empresários, o presidente está colocando em prática a retórica do PT.

Se influenciado ou não por seus assessores, foi Lula quem ordenou a retenção dos dividendos da Petrobras. Também foi ele quem orientou a reestatização da Eletrobras e a pressão sobre a Vale e a Braskem para abrigarem seu ex-ministro Guido Mantega. Tudo isso sem considerar a percepção de aumento da impunidade no país.

Isso se soma a uma economia que não vai mal, mas também não vai bem, um governo com 39 ministérios desarticulado, uma pauta econômica estagnada no Congresso, e um clima de insatisfação generalizada. Nem mesmo os esforços do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, conseguem reverter esse cenário.

De maneira discreta, o empresariado busca por figuras mais moderadas. Entre as opções de esquerda, Haddad é o preferido, mas Lula buscará a reeleição. Na direita, surge o governador Tarcísio de Freitas, já que Bolsonaro está inelegível.

Tarcísio faz acenos à base bolsonarista e ao ex-presidente, mas mantém diálogo com o Congresso, o Judiciário e o empresariado. Ele é visto como um candidato moderado, mas dificilmente entrará na disputa se não tiver chances reais de vitória.

De qualquer forma, 2026 ainda está distante e há tempo para o PIB se reconciliar com Lula. Basta que a pauta econômica avance, o crescimento se acelere ou o presidente volte a ouvir opiniões divergentes. Nenhuma dessas alternativas parece estar na mesa no momento.

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