O surto de dengue no Brasil, que atingiu níveis recordes de casos e mortes em 2024, impulsionou o mercado de soluções alternativas no combate à doença e ao mosquito aedes aegypti, transmissor do vírus. A iniciativa do governo Lula (PT) de vacinação em massa da população revelou-se um fracasso, reconhecido inclusive pela revista Nature. Diante desse quadro, tanto a população quanto o mercado brasileiro têm recorrido a alternativas inovadoras na batalha contra o mosquito.
Desde o uso de uma bactéria que inibe a reprodução do mosquito até soluções criativas, como uma tinta inseticida, os governos estaduais e municipais têm explorado diferentes estratégias no combate à doença.
Uma das ferramentas mais comuns é o “fumacê”, uma nuvem de fumaça contendo agrotóxicos em doses reduzidas, eficaz na eliminação da maioria dos mosquitos adultos na área tratada. No entanto, essa abordagem concentra-se apenas nos mosquitos já maduros.
A inovação mais recente é uma tinta com propriedades inseticidas, que promete revolucionar a luta contra o mosquito. Testes preliminares indicam uma taxa de mortalidade de cerca de 80% dos mosquitos em áreas tratadas com a tinta, que é segura para ambientes sensíveis, como escolas e postos de saúde. Essa tecnologia espanhola foi introduzida no Brasil pela empresa Inesfly, garantindo até dois anos de proteção contra os mosquitos.
A solução já está sendo testada em vários municípios, incluindo Brasília (DF), onde órgãos das Secretarias de Saúde e de Educação estão experimentando a nova tecnologia.
Outra abordagem promissora é o uso da bactéria “antimosquito” Wolbachia, que demonstrou reduzir em até 70% os casos de dengue no município de Niterói (RJ). Essa biotecnologia é introduzida em mosquitos criados em laboratório, impedindo a transmissão de doenças por novos mosquitos.
