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sábado, 5 outubro, 2024
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Crise no Palácio: Lula convoca ministros e recorre a especialista em comunicação após queda de aprovação

Por Marina B.

Nesta segunda-feira (18), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) liderará a primeira reunião ministerial do ano, buscando impulsionar o progresso dos programas e ações ministeriais em meio a uma queda de sua popularidade, conforme indicado por pesquisas recentes. Lula está determinado a estabelecer uma identidade para sua administração neste ano de eleições municipais, buscando conselhos de políticos e especialistas em marketing para aprimorar a comunicação do governo.

Com esse propósito em mente, o presidente se reuniu na semana passada com o publicitário Sidônio Palmeira, encarregado do marketing da campanha petista de 2022 e criador do slogan do terceiro mandato, intitulado “União e Reconstrução”. Reconhecido por suas análises políticas perspicazes, Sidônio compartilhou com o Estadão, no final de 2023, sua visão de que a esquerda está em desvantagem na disputa com a direita nas redes sociais.

Diante da dificuldade em compreender os motivos por trás da queda em sua avaliação, especialmente quando a economia aparenta melhorar, mesmo diante do aumento nos preços dos alimentos, Lula organizou um jantar na última segunda-feira, (11), para os ministros que também foram governadores. Posteriormente, ele se encontrou com os líderes do Grupo de Trabalho Eleitoral do PT, para discutir o cenário político polarizado e as negociações em andamento sobre as candidaturas municipais.

A orientação é para que o PT conceda a liderança nas eleições municipais, a partidos aliados em um número significativo de capitais e cidades com mais de 100 mil eleitores. Em troca, esses partidos devem apoiar a possível candidatura de Lula à reeleição em 2026.

A reunião ministerial ocorre após uma série de crises no governo. Em fevereiro, Lula provocou uma controvérsia internacional ao comparar o ataque de Israel na Faixa de Gaza ao Holocausto perpetrado por Adolf Hitler. Além disso, expressou sua satisfação com a escolha da data para as eleições na Venezuela, criticou a oposição e defendeu Nicolás Maduro, pedindo “presunção de inocência” contra as acusações de irregularidades.

Recentemente, a decisão do Executivo de suspender a distribuição de dividendos extraordinários, no valor de R$ 43 bilhões, aos acionistas da Petrobras, resultou em uma perda de mais de R$ 55 bilhões no valor de mercado da empresa. Essa medida também expôs as disputas internas sobre os rumos do terceiro mandato de Lula.

Uma pesquisa da Quaest divulgada em 6 de março trouxe preocupações ao Palácio do Planalto, mostrando um aumento de cinco pontos percentuais na avaliação negativa do governo (34%), aproximando-se da avaliação positiva (35%).

A desaprovação do presidente aumentou de 43% em dezembro para 46% agora. Entre os evangélicos, essa taxa de desaprovação chega a 62%. Enquanto isso, a aprovação do trabalho de Lula diminuiu de 54% para 51%. Outras pesquisas também sinalizaram problemas, acendendo um alerta no Planalto.

“É crucial analisar essa situação sem ignorar os dados apresentados, mas também reconhecendo os avanços positivos desde o início do governo, como a retomada das políticas sociais e o crescimento econômico”, afirmou o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, ao Estadão.

O esforço para se aproximar dos evangélicos está sendo liderado por Padilha e pelos ministros Wellington Dias (Desenvolvimento Social) e Jorge Messias (Advocacia-Geral da União), que mantêm conversas com membros da Frente Parlamentar Evangélica desde o ano passado.

Lula também planeja cobrar o progresso das ações de cada ministério nos municípios, especialmente em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e no Nordeste. Ele pretende viajar mais pelo Brasil neste ano eleitoral, entregando projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Além disso, espera que os ministros também se engajem, inaugurando obras até julho e participando ativamente da campanha, dentro dos limites estabelecidos pela Lei Eleitoral.

Contudo nenhuma dessas manobras, fará com que Lula cresça em popularidade e aceitação. Lula é um presidente que já chegou ao poder sem credibilidade, no primeiro ano fez um governo desastroso, é visível a todos, que ele não tem apoio popular em lugar nenhum, suas falas e ações são lastimáveis e mesmo com a mídia tentando abafar tudo que se passa, Lula tem um futuro ruim pela frente.

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