O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e sua administração estão avançando agressivamente para influenciar o setor privado e restringir a liberdade econômica. Embora os ideais de controle estatal do petista sejam conhecidos, observou-se um aumento significativo de declarações e iniciativas em prol de uma maior participação do Estado na economia nas últimas semanas.
Apesar de o Brasil possuir a nona maior economia do mundo, é uma das nações menos livres economicamente, ocupando apenas a 124ª posição em uma lista de 184 países no Índice de Liberdade Econômica da Heritage Foundation, um think-tank norte-americano.
Lula tem expressado insatisfação com a autonomia das empresas privadas. Recentemente, em um de seus ataques à Vale, o presidente defendeu que as empresas privadas devem alinhar-se aos interesses do governo.
A obsessão de Lula em influenciar a escolha do novo presidente da Vale, empresa privatizada há quase três décadas, é evidente. No entanto, essa tentativa de expandir o controle sobre a economia vai além da mineradora. O governo está reavendo refinarias vendidas pela Petrobras durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), bloqueando a distribuição de parte dos lucros da estatal aos acionistas e buscando retomar o controle da Eletrobras, privatizada na gestão anterior. Além disso, o governo indicou, por meio do BNDES, ministros e membros do PT sem experiência conhecida para o conselho de administração de empresas privadas.
Há também a tentativa de regulamentar o trabalho em aplicativos de transporte, o que poderia reduzir a autonomia dos motoristas e aumentar a arrecadação federal. Recentemente, o governo manifestou interesse em regular as entregas do comércio eletrônico, visando fortalecer os Correios na competição com empresas privadas.
Por fim, o governo tem exigido que empresas preencham relatórios sobre discriminação salarial, o que expõe essas empresas a riscos jurídicos, multas e danos à reputação.
Essas medidas representam um movimento significativo em direção a uma economia mais controlada pelo Estado, com implicações profundas para o setor privado e para a economia brasileira como um todo.