O histórico de má administração por parte do PT nas empresas públicas, torna imperativo evitar que o governo repita os mesmos erros. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, anunciou nesta terça-feira (12), a intenção do governo de renovar os conselhos das estatais, implementando um sistema de rodízio para as pessoas indicadas pelo Planalto nessas empresas.
Essa medida é mais uma evidência – entre muitas outras – de que o PT prioriza os interesses da esquerda em detrimento do bem-estar e da saúde das empresas estatais. Embora a governança corporativa tenha melhorado no Brasil, a proposta de rodízio sugere que o conhecimento profundo dos setores estratégicos da economia não será o critério principal nas escolhas do PT.
Enquanto se mantiverem obedientes às ordens da Presidência da República, parece não importar se os conselheiros possuem experiência relevante ou não. Isso contrasta com os princípios de boa governança corporativa preconizados por organizações como a OCDE, o Banco Mundial e o IBGC, que visam profissionalizar a atuação do Estado como acionista e aumentar a transparência da gestão para os investidores.
Os desmandos do PT no comando das estatais são recentes demais para serem esquecidos. A transformação da Petrobras na empresa mais endividada do mundo e as interferências na Eletrobras, são apenas alguns exemplos dessa gestão desastrosa, sem contar os prejuízos causados pelos investimentos temerários dos gestores de fundos de previdência, alinhados ao Planalto.
Apesar da clara necessidade de blindar as estatais, o STF pode em breve ratificar uma liminar que facilitou a indicação de políticos para conselhos e diretorias dessas empresas. Se essa decisão não prosperar no tribunal, existe um plano “b” para aprovar uma pauta semelhante no Congresso.
Dado o recente passado conturbado, não se pode permitir ao governo Lula repetir os mesmos erros. Propostas duvidosas como o “rodízio” de conselheiros de Rui Costa precisam ser interrompidas, pois o “oxigênio” que o ministro quer injetar nas estatais tem potencial para sufocar a boa gestão.
