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sábado, 12 outubro, 2024
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DAX da Alemanha quebra barreiras e alcança 18.000 pontos

Por Marina B.

O índice de ações blue-chip da Alemanha, alcançou um marco histórico ao atingir 18.000 pontos pela primeira vez durante as negociações matinais de quarta-feira (13), registrando precisamente 18.000,42 logo após a abertura.

Conhecido como DAX, este índice é composto por 40 das maiores empresas alemãs de capital aberto. Apesar dos desafios enfrentados pela economia do país, o DAX tem apresentado um desempenho robusto nos últimos dias.

Esta tendência positiva é uma raridade nas notícias financeiras recentes da Alemanha. Apenas algumas semanas atrás, o Ministro da Economia do país, Robert Habeck, revisou para baixo as expectativas de crescimento para 2024, reduzindo a previsão de 1,3% para 0,2%.

Habeck observou que o ambiente econômico global instável e o baixo crescimento do comércio mundial representam desafios significativos para uma nação altamente dependente de exportações, como a Alemanha.

O Banco Central Alemão, Bundesbank, também projetou uma leve queda na produção econômica do país no primeiro trimestre de 2024, o que poderia empurrar a Alemanha para uma recessão técnica, definida como dois trimestres consecutivos de crescimento negativo. Greves generalizadas foram citadas como um fator contribuinte.

Apesar desses obstáculos, o otimismo dos investidores permanece elevado. Ben Ritchie, chefe de ações dos mercados desenvolvidos da empresa de investimentos Abrdn, destacou uma possível correlação inversa entre o desempenho econômico e o desempenho do mercado de ações.

Ele explicou que, embora a economia alemã esteja enfrentando desafios, as grandes empresas representadas no DAX têm uma exposição limitada ao mercado interno. Suas receitas e operações são predominantemente globais, o que significa que a saúde econômica de outros países tem um impacto mais significativo em seu desempenho do que a situação doméstica da Alemanha.

No entanto, para as pequenas e médias empresas (PME) na Alemanha, que empregam mais da metade da força de trabalho do país, a realidade é diferente. Essas empresas enfrentam pressões internas, como aumento dos custos de produção e energia.

A fraqueza da economia alemã pode até ser vista como uma vantagem para as grandes empresas, já que pode resultar em um euro mais fraco e custos de empréstimos mais baixos, estimulando os gastos na Europa. Enquanto isso, a estagnação interna teria pouco impacto nas receitas dessas grandes empresas devido aos seus mercados externos diversificados.

Em última análise, alguns observadores acreditam que a desaceleração da economia doméstica pode ser vista como um catalisador para o crescimento e estímulo adicionais na Europa.

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