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domingo, 13 outubro, 2024
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Economistas alertam para custo alto das ideias de Lula: Intervenção pode prejudicar investimentos

Por Marina B.

Um ano após reassumir a presidência do país pela terceira vez, Luiz Inácio Lula da Silva demonstra sinais contraditórios em relação à condução da economia, sugerindo uma possível postura mais intervencionista. Nas últimas semanas, o governo tem exercido uma forte influência na gestão de empresas estatais de grande porte, como Petrobras e Vale.

Analistas que possuem experiência no setor público argumentam que as declarações de Lula têm um custo elevado para a economia brasileira, pois aumentam a incerteza para os investimentos das empresas, o que pode dificultar um crescimento mais robusto nos próximos anos.

José Roberto Mendonça de Barros, sócio da consultoria MB Associados e ex-secretário de Política Econômica, destaca que as falas do presidente geram um ambiente de incerteza e sinalizam um caminho errado, prejudicando a confiança dos agentes econômicos e impactando negativamente os investimentos, essenciais para enfrentar a baixa taxa de investimento no país.

Embora a valorização das ações na Bolsa desde a posse de Lula seja citada pela Secretaria de Comunicação do governo como um indicativo positivo, economistas alertam para o retorno de um discurso intervencionista que já havia sido associado a uma recessão entre 2014 e 2016. Além disso, a oportunidade de capitalizar um bom momento da economia brasileira, com crescimento do PIB, início do ciclo de corte da taxa básica de juros e inflação controlada, parece estar sendo desperdiçada.

Marcos Mendes, pesquisador associado do Insper e ex-chefe da Assessoria Especial do Ministério da Fazenda, ressalta que o discurso intervencionista cria um ambiente negativo para os investimentos, levantando dúvidas sobre a atuação do governo em diversos setores da economia.

Desde o início do terceiro mandato, o governo de Lula se encontra dividido entre duas correntes: uma ala política pressiona por medidas de estímulo econômico, enquanto a equipe liderada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, busca controlar a situação fiscal do país. Essa ambiguidade resulta em políticas econômicas instáveis e incertas.

Em meio a esse cenário, as recentes intervenções na Petrobras e na Vale evidenciam a mão pesada do governo, afetando negativamente a confiança dos investidores e gerando controvérsias sobre a gestão dessas empresas. A sucessão tumultuada na Vale e as declarações polêmicas de Lula demonstram uma interferência política que pode comprometer o desempenho dessas companhias no mercado.

Diante desses acontecimentos, economistas alertam para os riscos de uma política intervencionista que pode minar os avanços conquistados e prejudicar o crescimento econômico do país.

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