O presidente regional da Catalunha anunciou eleições antecipadas para 12 de maio, após o seu governo minoritário não conseguir aprovar um orçamento para a próspera região nordeste da Espanha, que abrange Barcelona.
Pere Aragonès tomou essa decisão nessa quarta-feira (13), um dia antes de uma votação no parlamento nacional espanhol, sobre uma polêmica lei de anistia que poderia perdoar centenas de líderes e apoiadores do movimento separatista, incluindo aqueles envolvidos na tentativa fracassada da Catalunha de declarar independência da Espanha em 2017.
Naquela época, alguns líderes separatistas foram presos, enquanto outros, como o ex-presidente regional Carles Puigdemont, fugiram do país.
A proposta de anistia provocou indignação entre milhões de espanhóis. Muitos que se opõem ao projeto de lei argumentam que aqueles que desencadearam uma das maiores crises do país desde a transição para a democracia após a morte do general Francisco Franco em 1975 não devem escapar impunes de acusações que incluem sedição e rebelião.
No entanto, o governo do primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, em Madrid, depende dos partidos separatistas catalães para aprovar leis no parlamento espanhol. Além disso, o governo central está buscando o apoio desses partidos para aprovar um orçamento nacional.
Espera-se que o Partido Socialista de Sánchez e seus aliados inicialmente apoiem a lei de anistia em uma votação parlamentar na quinta-feira (14), enquanto o conservador Partido Popular e os políticos de direita se oporão a ela.
As eleições regionais catalãs estavam previstas para ocorrer antes do final do ano. A Catalunha tem sido governada por partidos separatistas por mais de uma década, mas recentemente os socialistas de Sánchez têm obtido resultados sólidos na região.