O magnata Elon Musk, fundador da Tesla e proprietário do X (antigo Twitter), lançou críticas à sentença de 17 anos de prisão imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ao motoboy Wellington Luiz Firmino, por sua participação na manifestação de 8 de janeiro. Firmino escalou 28 andares e permaneceu isolado no topo de uma das torres do Congresso Nacional por mais de uma hora.
Em sua intervenção nas redes sociais, Musk comentou sobre a situação, questionando se a punição não seria desproporcional ao suposto crime cometido. Ele expressou suas preocupações em uma publicação na plataforma X, onde citou o caso de Firmino, um fotógrafo brasileiro e apoiador do presidente Bolsonaro, condenado a 17 anos de prisão por documentar o protesto pró-Bolsonaro. A publicação original sugeriu que a sentença foi uma forma de intimidar aqueles que ousam se opor ao establishment esquerdista.
Após o comentário de Musk, o perfil que compartilhou a notícia reforçou a ideia de que muitos manifestantes brasileiros permanecem detidos sem acusações formais ou julgamentos, caracterizando a situação como uma farsa.
Em uma entrevista à Gazeta do Povo em 11 de fevereiro de 2024, Firmino explicou que entrou no prédio do Congresso Nacional quando as portas estavam abertas e buscou refúgio na escada de incêndio quando a polícia do batalhão de choque começou a lançar bombas contra os manifestantes. Ele foi detido quando tentava retornar, mas conseguiu registrar imagens da manifestação de cima do prédio.
O ministro do STF e relator das ações de 8 de janeiro, Alexandre de Moraes, solicitou a condenação de Firmino por uma série de crimes, incluindo atentado ao estado democrático, tentativa de golpe de estado, dano qualificado, associação criminosa e vandalismo contra patrimônio histórico. Não ficou provado que Firmino tenha praticado nenhum dos crimes citados.
No passado um outro Firmino já foi condenado a uma pena de 17 anos de prisão, mas seus crimes foram realmente graves. “Roneys Firmino Gomes, conhecido como ‘Maníaco da Torre’, foi condenado a 17 anos e 6 meses de prisão por homicídio duplamente qualificado. Ele foi denunciado por mortes de mulheres ocorridas entre 2010 e 2015 em Maringá, no Paraná.” Assim nota-se uma desproporção na pena aplicada ao motoboy Firmino.
