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segunda-feira, 14 outubro, 2024
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Caos no Haiti: Primeiro-ministro renuncia em meio a onda de violência

Por Marina B.

Na madrugada de segunda para terça-feira (12), o primeiro-ministro haitiano, Ariel Henry, apresentou sua renúncia em meio a uma escalada de violência desencadeada por gangues no país. O anúncio foi feito pelo presidente da Comunidade do Caribe (Caricom) e um oficial dos Estados Unidos.

O presidente da Guiana e da Caricom, Mohamed Irfaan Ali, confirmou a renúncia de Henry durante uma coletiva de imprensa após uma reunião na Jamaica sobre a crise no Haiti. Ele anunciou um acordo para um governo transitório visando a uma transição pacífica de poder, continuidade da governança, um plano de segurança de curto prazo e eleições livres e justas.

Os países do Caribe se reuniram de forma urgente na Jamaica, convocados pela Caricom, juntamente com representantes da ONU, França, Estados Unidos e outros, em uma tentativa de encontrar uma solução para a situação no Haiti.

Porto Príncipe tem sido palco de violência relacionada a gangues, que exigiam a saída de Ariel Henry. Uma parte da população também protestava pela renúncia do primeiro-ministro.

A renúncia de Henry foi confirmada durante uma ligação telefônica com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, que estava na Jamaica. Henry permaneceu em Porto Rico, após ser impedido de retornar ao Haiti.

Com o Haiti sem presidente ou parlamento desde o assassinato de Jovenel Moïse em 2021 e sem eleições desde 2016, a situação política permanece instável. Henry, nomeado por Moïse, deveria ter deixado o cargo no início de fevereiro.

A capital haitiana enfrenta confrontos entre policiais e gangues armadas, resultando em ataques a locais estratégicos. O país declarou estado de emergência e toque de recolher noturno no departamento oeste, onde está a capital, mas a situação ainda não está completamente controlada.

Durante a reunião na Jamaica, foi discutida uma proposta para que Henry cedesse o poder a um conselho de transição composto por representantes da sociedade civil haitiana. O Conselho de Segurança da ONU apelou para negociações sérias visando a restauração das instituições democráticas do país.

Os Estados Unidos anunciaram um adicional de US$ 133 milhões para resolver a crise, incluindo fundos para a força multinacional a ser enviada ao Haiti e ajuda humanitária. O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, ofereceu cerca de US$ 91 milhões.

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