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domingo, 13 outubro, 2024
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Brasil enfrenta desafios econômicos: investimento em queda e crescimento modesto

Por Marina B.

Apesar do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2,9% em 2023, impulsionado pelo agronegócio, o país enfrenta uma redução significativa na taxa de investimento, atingindo o menor nível desde 2019. Atualmente, em 16,5% do PIB, essa taxa está abaixo da média da maioria das economias emergentes e muito distante dos níveis históricos observados nas décadas de 70 e 80, quando chegava a 22%. Isso representa um retrocesso notável. Baixas taxas de investimento condenam o país a um crescimento modesto, prejudicando a melhoria da produtividade, um fator crucial para o avanço nacional.

O cenário é influenciado por diversos fatores, incluindo a baixa poupança nacional e as altas taxas de juros básicas, que desencorajam investimentos de qualidade, principalmente do setor privado. Além disso, a dependência do Estado para injetar recursos na economia está longe de ser o ideal. A instabilidade política, econômica e jurídica também afasta empresários e investidores, juntamente com o estoque de capital insuficiente, o que representa um quadro alarmante para o país.

As reformas aprovadas, como as trabalhista, previdenciária e tributária, apontam para uma evolução no ambiente de negócios, mas os efeitos positivos foram mitigados pela pandemia, que trouxe desafios como alta inflação e aumento da taxa básica de juros. O investimento direto estrangeiro também sofreu, registrando uma queda de 17% em relação a 2022.

No entanto, há esperança de que os investimentos aumentem nos próximos anos, em resposta às reformas. Estima-se um crescimento de cerca de 2% na taxa de investimento em 2024, com perspectivas de aceleração após 2025. Apesar disso, o Brasil ainda está longe de atender suas necessidades reais, com a última vez que atingiu 20% do PIB sendo em 2010.

Para melhorar o cenário, é essencial aprimorar o ambiente de negócios. O governo busca impulsionar os investimentos através de programas como a depreciação “superacelerada”, que prioriza a indústria de transformação, além de projetos como a criação da letra de crédito de desenvolvimento (LCD) para facilitar o acesso ao financiamento do BNDES e o programa Mover, que oferece incentivos fiscais ao setor automotivo.

Apesar de alguns sinais positivos, os níveis de investimento permanecem baixos para um país com tantas necessidades como o Brasil. Enquanto essa situação não mudar, o país continuará crescendo abaixo de seu potencial.

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