A pesquisa Ipec divulgada na sexta-feira (8), revelou uma queda significativa na avaliação do governo Lula na região Nordeste, teoricamente a região com mais apoiadores do então presidente, acendendo um “alerta amarelo” para a administração atual. De acordo com os dados do instituto, a aprovação do governo diminuiu de 52% para 43% na região, uma variação que surpreende pela rapidez e magnitude.
O cenário político para o presidente Lula no Nordeste, sua base de apoio popular, começa a mostrar sinais de deterioração. Essa queda na percepção faz parte de uma tendência nacional de enfraquecimento da base de apoio do presidente.
A pesquisa Ipec de março revelou que a aprovação geral do governo caiu para 33%, uma queda de oito pontos percentuais em comparação com o mesmo período do ano anterior. Além disso, a diferença entre as avaliações positiva e negativa do governo diminuiu para apenas um ponto percentual.
Entre os vários grupos demográficos, a queda na avaliação positiva foi particularmente acentuada entre os brasileiros com renda mensal de até um salário mínimo, um segmento que tradicionalmente forma a base eleitoral de Lula no Nordeste.
Essa redução, de 51% para 39% na aprovação entre os mais vulneráveis economicamente, sugere uma crescente desconexão entre as políticas governamentais e as necessidades imediatas dessa parte da população.
Especialistas sugerem que para recuperar o apoio perdido, será crucial não apenas reforçar as políticas sociais voltadas para a região, mas também melhorar a comunicação das realizações e desafios do governo. A aproximação com líderes locais e a implementação de programas específicos para atender às demandas regionais também são vistos como passos cruciais.
O “alerta amarelo” no Nordeste, serve como um lembrete da volatilidade do apoio popular e da necessidade contínua de trabalho para manter e expandir a base de apoio.
Além disso, a pesquisa Ipec foi a terceira da semana a indicar uma queda na popularidade de Lula. Um levantamento da Genial/Quaest mostrou uma queda significativa entre os evangélicos após uma referência ao Holocausto em um ataque a Israel, enquanto a Atlas Intel revelou que a avaliação negativa sobre o petista ultrapassou a positiva pela primeira vez desde que ele assumiu o terceiro mandato.