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domingo, 27 outubro, 2024
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Vitória conservadora: Direita fortalecida domina eleições em Portugal

Por Marina B.

A Aliança Democrática (AD) de centro-direita em Portugal, emergiu como vencedora das eleições gerais de domingo, afirmou seu líder, Luis Montenegro. Entretanto, paira incerteza sobre sua capacidade de governar sem o apoio do partido de extrema direita Chega, com o qual Montenegro recusou-se a negociar.

O Chega aumentou significativamente sua representação parlamentar, mais do que quadruplicando para pelo menos 48 legisladores na legislatura de 230 lugares, proporcionando uma maioria à direita combinada.

Esse resultado destaca a tendência política para a extrema direita em toda a Europa. Portugal, historicamente visto como resistente ao populismo de direita após a queda da ditadura fascista há 50 anos, agora se vê no cenário do crescente movimento populista, com expectativas de ganhos para os partidos de extrema-direita nas eleições europeias em junho.

O principal oponente de Montenegro, Pedro Nuno Santos, do Partido Socialista (PS) de extrema-esquerda, admitiu a derrota depois que seu partido, no poder desde 2015, ficou em segundo lugar. Santos descartou apoiar a plataforma da AD, que inclui cortes fiscais generalizados.

“AD venceu as eleições”, declarou Montenegro para uma multidão de apoiadores na madrugada de segunda-feira (11), enfatizando a necessidade de os partidos no novo parlamento agirem de forma responsável e respeitarem o desejo do povo português.

A formalização do convite para formar governo ainda depende do Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, algo que Montenegro espera que aconteça em breve.

Apesar de reiterar sua promessa eleitoral de não buscar apoio dos populistas de direita para governar, Montenegro expressou esperança de que PS e Chega não se aliem para impedir o governo desejado pelo povo português.

A AD e seus aliados conservadores na região insular da Madeira, conquistaram um total de pelo menos 79 assentos, superando os 77 do PS.

O PS, que esteve atrás da AD na maioria das pesquisas de opinião desde a renúncia do primeiro-ministro socialista, Antonio Costa, em novembro, planeja liderar a oposição, se distanciando da possibilidade de colaboração com o Chega.

O Chega fez campanha com uma mensagem anti-establishment, prometendo combater a corrupção e criticando a imigração “excessiva”.

O líder do Chega, André Ventura, argumentou que a votação de domingo mostrou que os portugueses desejam um governo AD com o Chega, e culpou Montenegro por qualquer instabilidade política resultante da recusa em negociar.

Na festa de comemoração da AD, Paula Medeiros comentou que a instabilidade será uma constante.

Portugal enfrenta questões como a crise habitacional, baixos salários, problemas de saúde e corrupção, considerada endêmica nos principais partidos.

Sob a liderança socialista, Portugal registrou crescimento econômico robusto e excedentes orçamentais, reduzindo a dívida pública abaixo de 100% do PIB, ganhando elogios de Bruxelas e investidores. A expectativa é que a AD mantenha a prudência fiscal.

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