Na última quinta-feira (7), uma operação conjunta entre a Polícia Civil e o Ministério da Agricultura e Pecuária, resultou na interdição de uma fábrica clandestina de azeite de oliva em Saquarema, situada na região dos Lagos do Rio de Janeiro.
O proprietário e o químico encarregado do local, foram detidos e enfrentarão acusações por crimes contra as relações de consumo. De acordo com informações da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM), a fábrica importava legalmente azeite de oliva, mas adulterava o produto ao misturá-lo com outros óleos, como o de cozinha, visando aumentar a quantidade disponível para comercialização.
Após a adulteração, o azeite era reenvasado e rotulado na fábrica clandestina para ser distribuído para estabelecimentos varejistas no Rio de Janeiro e em outros estados, sendo comercializado como azeite extra virgem importado.
A operação, denominada “Getsêmani”, resultou na apreensão de milhares de litros de azeite extra virgem, óleo de soja, garrafas, tampas e rótulos falsos, além de tonéis e equipamentos industriais utilizados na fraude, juntamente com outros materiais relacionados ao processo de envasamento. Todo o material apreendido será periciado antes de ser destruído.
Além de enganar os consumidores ao vender óleo adulterado como azeite extra virgem de marcas espanholas e portuguesas conhecidas, as autoridades constataram que os produtos eram envasados em condições precárias de higiene, em desacordo com as normas sanitárias em vigor.
A operação foi realizada antes da Semana Santa, com o objetivo de evitar o consumo de grandes quantidades de produtos irregulares, que representariam um risco à saúde pública.
Até o momento, não foram divulgadas as possíveis penas para o proprietário da fábrica e o químico responsável por essa atividade criminosa.