O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), reforçou vigorosamente o apoio às ações da Polícia Militar (PM) durante uma coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira (8). Suas declarações surgiram em resposta às críticas e denúncias feitas por entidades de direitos humanos na Organização das Nações Unidas (ONU), sobre uma operação policial que resultou em pelo menos 39 mortes, em supostos confrontos na Baixada Santista.
Com veemência, o governador rejeitou as críticas, declarando: “Sinceramente, temos total confiança no que está sendo feito. O pessoal pode ir à ONU, à Liga da Justiça, onde quiser, que não me importo.”
Freitas destacou a conduta profissional da Polícia Militar e criticou as denúncias de alegados abusos policiais, enfatizando o contexto desafiador enfrentado pelos agentes em áreas dominadas pelo crime organizado. Ele ressaltou a necessidade de restabelecer a ordem nessas regiões, argumentando que não pode haver progresso sem ordem.
“Estamos combatendo [o crime organizado] de forma profissional, séria, e mesmo assim surgem denúncias. Precisamos entender a situação das pessoas lá, que são escravizadas pelo crime, ameaçadas pelo crime. Oficialmente, não recebemos nada. Conversamos com a equipe médica da Santa Casa de Santos e nenhuma informação desse tipo foi relatada. Então, é irresponsável levantar tais questões sem evidências”, afirmou o governador.
Freitas também rejeitou críticas que colocam a polícia como criminosos, enfatizando o papel da corporação na proteção da sociedade. Ele assegurou que quaisquer excessos por parte dos agentes serão investigados e punidos exemplarmente.
Além disso, o governador refutou as alegações de falta deliberada do uso de câmeras corporais pelos agentes, mencionadas na denúncia enviada à ONU. Ele destacou que as operações em andamento contam com a colaboração do Ministério Público e do Poder Judiciário.
Diante dos dados que indicam a redução da letalidade das operações quando as câmeras corporais estão em uso, Freitas reafirmou o compromisso em garantir transparência e responsabilização em todas as ações policiais.
As declarações foram feitas após um evento para celebrar o Dia da Mulher, na Sala São Paulo, no centro da capital paulista.
