No discurso do Estado da União desta sexta-feira (8), o último de seu mandato como presidente dos Estados Unidos, Joe Biden fez ataques contundentes a Vladimir Putin e Donald Trump.
Biden comparou o momento atual com o período pré-Segunda Guerra Mundial, quando Adolf Hitler avançava pela Europa, acusando o presidente russo de buscar expandir sua influência na Europa.
O presidente dos EUA alertou que os republicanos buscam cortar o apoio à Ucrânia, afirmando que Putin “não vai parar”.
“A Ucrânia pode conter Putin se estivermos ao seu lado e fornecermos o suporte necessário para sua defesa”, declarou Biden, citado por agências internacionais.
Além das críticas ao presidente russo, Biden também direcionou várias críticas a Donald Trump, referindo-se a ele como “meu antecessor” e acusando-o de ter sido “obsequioso a um líder russo, ultrajante, perigoso e inaceitável”.
“Agora, meu antecessor, um ex-presidente republicano, diz a Putin, e cito, ‘faça o que quiser’. Esta é uma citação. Um ex-presidente realmente disse isso, curvando-se diante de um líder russo. Acho isso ultrajante, perigoso e inaceitável”, afirmou Biden, conforme citado pelas agências internacionais.
Diante de juízes da Suprema Corte presentes na audiência, Biden prometeu restaurar o direito ao aborto “como lei do país novamente”, caso os cidadãos norte-americanos “enviem um Congresso que apoie o direito de escolha”.
O presidente dos EUA, aos 81 anos, também abordou a questão da idade durante seu discurso, uma preocupação significativa para parte do eleitorado. “A questão que nossa nação enfrenta não é nossa idade, mas a idade de nossas ideias”, defendeu o presidente norte-americano, citado pelas agências internacionais.
Biden também expressou sua posição em relação ao conflito entre Israel e Hamas, exigindo que Israel não use a ajuda humanitária para Gaza como “moeda de troca” e permita a entrada de alimentos e medicamentos no enclave.
Ele anunciou ainda que os militares dos EUA, estabelecerão um porto na costa da Faixa de Gaza para receber grandes remessas de alimentos e materiais médicos, como parte dos esforços para alcançar um cessar-fogo imediato e temporário em Gaza.
O discurso do presidente dos Estados Unidos, especialmente relevante em um ano de eleições presidenciais, teve duração de aproximadamente uma hora e cinco minutos.