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domingo, 6 outubro, 2024
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Crise sem fim: Dívida pública do Brasil alimenta temores de recessão

Por Marina B.

Em janeiro, a dívida pública do Brasil em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) alcançou 75,0%, registrando um aumento de 0,7 ponto percentual em comparação ao mês anterior, conforme dados divulgados pelo Banco Central nesta quinta-feira (7). Esse aumento foi impulsionado principalmente pelos encargos com juros, atingindo 79,9 bilhões de reais (US$ 16 bilhões), representando um aumento de 52,8% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A elevação foi em grande parte influenciada pelas operações de swap cambial, que registraram uma perda de 10 bilhões de reais, em contraste com o ganho de 16,1 bilhões de reais em janeiro de 2023, de acordo com o Banco Central.

Os encargos com juros também são impactados pelo aumento do estoque da dívida e custos associados. Apesar das reduções nas taxas de juros feitas pelo banco central desde agosto, totalizando 250 pontos base, a taxa Selic de referência permanece elevada em 11,25%, comparada a uma inflação anual de 4,49%.

Em um período de 12 meses, as despesas com juros atingiram 6,82% do PIB, marcando o nível mais alto desde junho de 2017.

Além disso, os dados do Banco Central revelaram um superávit primário de 102,146 bilhões de reais (20,66 bilhões de dólares) em janeiro para o setor público brasileiro, superando as expectativas de 99,45 bilhões de reais previstas em uma pesquisa da Reuters.

Esse resultado foi impulsionado pelo aumento da receita pública com a retomada dos impostos federais sobre a gasolina e um novo sistema de tributação sobre os fundos de investimento fechados, aproximando-se do superávit de 99 bilhões de reais registrado pelo setor público no mesmo mês do ano passado.

No entanto, ao longo de 12 meses, as contas públicas permanecem em território negativo, com um déficit primário de 2,25% do PIB. O déficit nominal, que inclui despesas com juros, atingiu 9,06% do PIB, indicando uma significativa deterioração fiscal.

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