O clima esquenta na Câmara dos Deputados com a possível indicação do deputado Nikolas Ferreira (MG) para presidir a Comissão de Educação. Líderes governistas passaram a pressionar pelo adiamento da instalação das comissões, agendada para esta quarta-feira (6), visando bloquear a escolha do parlamentar.
Uma das estratégias delineadas é que os partidos da base retirem suas indicações para os demais colegiados, esvaziando, assim, as eleições. Esta orientação foi recentemente transmitida a todos os líderes aliados.
A promessa é de que não haveria mudanças nos espaços já ocupados, mas na prática, a intenção é retirar essas indicações e adiar a instalação para a próxima semana, conforme uma mensagem enviada por WhatsApp aos parlamentares.
Além da Comissão de Educação, o PL também indicou nomes que desagradam ao governo para outros colegiados, como Carolina de Toni (SC) para a Comissão de Constituição e Justiça e o Pastor Eurico (PE) para a Comissão de Previdência Social e da Família.
A pauta da educação é considerada estratégica pela militância do PT, e há receios de que o parlamentar do PL destaque questões ideológicas.
Apelidado de “Chupetinha”, Nikolas Ferreira tem sido protagonista de episódios polêmicos desde que assumiu como deputado federal. Em novembro do ano passado, ele foi gravado em um conflito com seguranças após ser chamado pelo apelido, enquanto era digital influencer antes de ser eleito.
