O presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), procurou o Supremo Tribunal Federal com o objetivo de destituir sete deputados da maioria bolsonarista, de acordo com informações reveladas por parlamentares envolvidos na controvérsia. Ele quase conseguiu. A iniciativa de cassação contava com o apoio de ministros como Alexandre de Moraes, conhecido por sua oposição a Jair Bolsonaro. As motivações de Alcolumbre eram essencialmente locais: ele buscava demonstrar poder sobre seus oponentes políticos em seu estado, o Amapá.
Troca de favores
A estratégia visava ganhar apoio de Lula, oferecendo-lhe quatro aliados na Câmara em troca do respaldo oficial para sua aspiração de presidir o Senado.
Alvos políticos
Alcolumbre planejava entregar a Lula figuras como Sônia Waiãpi (PL), uma verdadeira pedra no sapato para ele.
Confronto no STF
Houve até mesmo um confronto verbal entre Moraes e Barroso, mas a tese do presidente prevaleceu: os deputados haviam sido eleitos conforme as regras em vigor.
Decisão final
O STF modificou as normas, mais uma vez interferindo em assuntos legislativos, para redefinir o destino dos “sobras eleitorais”.