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terça-feira, 1 outubro, 2024
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Governo Lula em crise: Desaprovação cresce entre evangélicos e regiões sudeste e sul

Por Marina B.

Apesar dos recentes gestos de aproximação ao segmento religioso, a desaprovação do governo Lula entre os evangélicos aumentou nos últimos três meses, de acordo com uma pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (6). O estudo também revela que a aprovação do chefe do Executivo prevaleceu apenas na região Nordeste, enquanto a desaprovação cresceu no Sul e Sudeste.

Segundo a análise da Quaest, a piora na avaliação entre os evangélicos foi influenciada pela declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que comparou as ações de Israel em Gaza ao que Hitler fez contra os judeus durante a Segunda Guerra. Essa declaração foi considerada exagerada por 60% dos entrevistados e por 69% dos adeptos do segmento religioso.

A pesquisa mostra que o trabalho do presidente Lula é reprovado por 62% dos membros desse segmento religioso (um avanço de seis pontos percentuais), enquanto 35% o aprovam (um recuo de seis pontos percentuais). Na pesquisa anterior, realizada em dezembro, a diferença entre os que desaprovam e os que aprovam o presidente era de 15 pontos percentuais, margem que agora subiu para 27 pontos.

Posicionamentos recentes, como o apoio à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que amplia a imunidade tributária para igrejas, não foram suficientes para reverter a avaliação negativa da gestão petista no grupo. No total, 48% dos evangélicos avaliam o governo de forma negativa (um aumento de 12 pontos percentuais em relação a dezembro), enquanto 22% consideram a gestão positiva (um recuo de cinco pontos percentuais).

Quanto à avaliação regional, a aprovação do trabalho do presidente prevaleceu apenas na região Nordeste, onde atinge 68%. No entanto, a desaprovação aumentou nas regiões Sul e Sudeste do país.

A maior diferença de avaliação ocorre na região Sul, onde 57% desaprovam o governo, contra 40% de aprovação. No Sudeste, a margem é de oito pontos, enquanto nas regiões Centro-Oeste e Norte há um empate técnico.

Além disso, a percepção sobre a economia também influenciou negativamente a avaliação do governo, segundo a pesquisa. Entre os entrevistados, 38% responderam que a economia piorou nos últimos doze meses (um aumento de sete pontos percentuais), enquanto houve uma queda de oito pontos entre os que dizem ter havido uma melhora no período (26%).

Entre aqueles que votaram em branco, anularam o voto ou não compareceram às urnas, 38% enxergam uma piora na situação econômica, com um aumento de 6 pontos em relação à pesquisa anterior. O aumento dos preços dos alimentos, percebido por 73% dos entrevistados, é a principal explicação para esse cenário.

A pesquisa da Quaest entrevistou pessoalmente 2 mil brasileiros com 16 anos ou mais em todos os estados do país entre 25 e 27 de fevereiro. A margem de erro é estimada em 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%.

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